Em mesa de negociação, Sindicato e Cooperforte debatem cláusulas sociais

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O Sindicato e a Cooperforte realizaram a primeira rodada de negociação da Campanha Nacional 2022, nesta segunda-feira (22), quando foram debatidas as cláusulas sociais que compõem a pauta de reivindicações com vistas à renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT 2020/22) e à manutenção dos direitos dos trabalhadores.

Os representantes dos funcionários entendem que um dos pontos importantes dialogado em diversos espaços é o combate a todo tipo de assédio (moral e/ou sexual), mas especialmente observando aqueles que são causados pela violência organizacional/estrutural, que, infelizmente, acabam se tornando uma prática histórica das empresas, especialmente do segmento financeiro.

No intuito de combater essa prática nefasta, o Sindicato usa de todos os seus instrumentos, como análise e avaliações técnica, jurídica e política das diversas situações e cenários, de ações das instituições financeiras em geral.

Com relação à cobrança de metas, o presidente do Sindicato, Kleytton Morais, afirma “que é necessário utilizar instrumentos coletivos sistematizados, de forma que seja realizado com neutralidade o processo, desde o acolhimento das denúncias até o seu tratamento, e feito, inclusive, por representação bipartite”.

Diretora executiva da Fetec-CUT/CN, Talita Régia avalia que “avançar nas cláusulas sociais é de extrema importância, pois, além da valorização salarial, o cotidiano laboral, composto pelas condições de trabalho e a saúde dos trabalhadores e trabalhadoras, precisa estar sempre alinhado e equilibrado em relação às cobranças de demandas/metas da cooperativa.”

Cláusulas econômicas

Quanto às cláusulas econômicas, a Cooperforte apresentou a proposta de reajuste de 85% do INPC, o que equivale a 7,55%. A solicitação dos trabalhadores é a somatória no INPC + 5% de ganho real de salário, além de reajuste diferenciado no VA e VR (estimativa do INPC DB setembro de 2022 + 5% ganho real: 14,32%).

Os representantes dos funcionários recusaram essa proposta, que será revista pela Cooperforte e voltará a ser debatida na próxima mesa de negociação, no dia 30 de agosto.

“Nas análises apresentadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), os resultados financeiros comprovam que há condições da cooperativa ofertar uma proposta mais valorizada dos índices econômicos. Inclusive, acrescentamos ao debate a sugestão de negociarmos melhores condições para o ACT de Participação nos Resultados (PR), podendo ser via mesa paritária”, pontua Talita.

A reunião respeitou os princípios e preceitos de uma negociação de boa-fé, direta e altamente qualificada, resultando na realização de uma nova reunião na próxima terça-feira (30), com o compromisso de que se não houver avanços, as negociações prosseguem em setembro.

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Da Redação