Contra demissões, metas abusivas e descumprimento de acordo, Sindicato protesta nas agências do Itaú

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A primeira semana de outubro começou com protesto dos bancários e bancárias do Itaú em todo o país. No DF, a atividade se concentrou nas agências de Ceilândia e Taguatinga para denunciar o descumprimento do acordo por parte do banco que, durante a pandemia, demitiu trabalhadores. O assédio para alcançar metas abusivas também foi pauta do ato realizado na manhã desta segunda-feira (4). Entre as ações programadas para o Dia Nacional de Luta, houve um tuitaço, com a hashtag #QueVergonhaItaú, que chegou a ficar entre os assuntos mais comentados no Twitter.

Sandro Oliveira, diretor do Sindicato e bancário do Itaú, questiona a postura adotada pelo banco e chama os colegas à mobilização. “O que temos visto é que o Itaú não dá valor à vida dos bancários e bancárias, só dá valor ao lucro. Desrespeita o trabalhador, descumpre o acordo de não demitir na pandemia e cobra metas inatingíveis. Para nós, a vida vale mais, e nossa luta só vai cessar quando o Itaú entender o recado”, comentou o dirigente.

A campanha #QueVergonhaItaú foi reforçada para denunciar o desrespeito do banco com clientes, usuários e seus funcionários. “O empenho dos bancários e bancárias, inclusive durante a pandemia, é completamente ignorado pelo Itaú. Desde o início do ano, o banco segue demitindo trabalhadores, pressionando os bancários por atingimento de metas abusivas. Muitos pegaram covid, contaminaram suas famílias e ainda têm que lidar com tanto desrespeito”, alertou a diretora da Fetec-CUT/CN Conceição Costa.

Quanto ao trabalho presencial durante a pandemia, os representantes dos bancários informaram que o banco deve continuar respeitando e cumprindo as medidas de proteção sanitária, com fornecimento de equipamentos de proteção individual, sanitização dos locais de trabalho e testagem para covid-19 com regularidade, entre outros pontos. O uso de máscara e o distanciamento seguro devem seguir sendo obrigatórios.

Os encontros na manhã desta segunda também reforçaram que os canais de denúncia do Sindicato estão funcionando com todo o sigilo de que carecem os casos de assédio e de violação de direitos. 

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Joanna Alves
Do Seeb Brasília