Após meses de um campanha nacional marcada por dezenas de longas e exaustivas rodadas de negociação com os bancos, agravada por um cenário turbulento de ataques do governo, de tentativas dos banqueiros de retirar direitos e de pandemia e crise econômica aguda, o Comando Nacional dos Bancários conseguiu garantir em mesa de negociação reajuste salarial e a manutenção das cláusulas da Convenção Coletiva e dos acordos específicos dos bancos públicos.
Diante disso - e considerando serem essas as propostas finais dos bancos -, o Sindicato, seguindo recomendação do Comando Nacional, orienta a categoria pela aprovação (veja a proposta da Fenaban na íntegra abaixo).
A assembleia para apreciar as propostas será realizada de forma remota a partir das 16h deste domingo (30). Já a votação será aberta às 20h, pelo sistema Vota Bem, e segue até às 23h59 desta segunda-feira (31).
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Para participar da assembleia, é preciso se credenciar pelo link https://app.bancariosdf.com.br/credenciamento.
“O Sindicato sempre se pautou pela responsabilidade com a categoria e não seria diferente agora, ainda mais tendo em vista que o Brasil e o mundo enfrentam uma das maiores crises da história. É preciso reconhecer que o acordo não é que ideal, mas foi o possível, diante de uma conjuntura espinhosa e deliberada de retirada de direitos, piorada até mesmo em relação à década de 90, quando houve efetivamente a aplicação da política de congelamento de salários e de privatizações”, avalia o presidente do Sindicato, Kleytton Morais.
O exemplo dos trabalhadores dos Correios e da Petrobras é prova dessa dificuldade. Enquanto a greve nos Correios, que já dura 13 dias, não resultou em acordo e será julgada pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), na Petrobrás foi proposto acordo que prevê congelamento dos salários este ano e reposição da inflação em setembro do ano que vem.
“Mas também é forçoso reconhecer que tivemos a habilidade de reagir e garantir a totalidade dos direitos dos trabalhadores. Mobilizamos as redes sociais, pressionamos os bancos e saímos de uma proposta de reajuste zero para uma de reajuste salarial e abono em 2020, aumento real em 2021 e a manutenção de todos os direitos clausulados na CCT e nos acordos específicos dos bancos públicos. Dado o seu histórico de luta e seu grau de consciência política, que são uma referência para o conjunto da classe trabalhadora, sabemos que os bancários têm maturidade para fazer essa leitura ao analisar as propostas a serem votadas”, acrescentou.
Financiamento das lutas: a contribuição negocial
A cláusula que dispõe sobre a contribuição negocial dos bancários permanece com os mesmos valores e percentuais do acordo anterior. Com abrangência para sócios e não sócios do Sindicato, “a contribuição negocial é um importante reforço no custeio das lutas em defesa dos interesses da categoria, garantindo a atuação tempestiva e contínua contra os múltiplos ataques, seja na retirada de direitos, seja pelas privatizações, capítulo próximo que precisaremos intensificar e rápido, se quisermos combater os desmontes do BB e da Caixa”, conforme explica o presidente do Sindicato, Kleytton Morais.
Nestes termos, a contribuição negocial estabelece a cobrança de 1,5% sobre o salário base de todo os bancários, sócios ou não do Sindicato, no mês seguinte à assinatura do acordo, em uma única vez, e também sobre a PLR.
Para conferir a proposta do BB: clique aqui; para ver a da Caixa, acesse aqui.
A seguir, veja os principais pontos da CCT que foram negociados. Destaque-se a inclusão na Convenção Coletiva do reconhecimento da jornada legal de 6 horas os bancários de segunda a sexta-feira, conforme texto expresso: "As partes estabelecem que a jornada normal de trabalho dos bancários é de 6 (seis) horas diárias para aqueles que não recebem a gratificação de função prevista no §2º do artigo 224 da CLT, e para os que recebem, de 8 (oito) horas diárias, devendo ser cumprida em dias úteis, de segunda a sexta-feira."
Da Redação com Contraf-CUT
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