Apresentação da proposta de PCCR feita pelo banco no dia 8 de março
Após longa espera, descumprindo acordo coletivo que previa sua implantação em janeiro deste ano, o BRB, enfim, apresentou uma proposta de Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) que, embora não concluso, desagrada sobremaneira diversos segmentos do banco.
Em que pese trazer pontos positivos e que necessitam há tempos de solução, o conjunto do que foi apresentado na quinta-feira (8) traz “soluções” que na verdade são agressões aos direitos dos funcionários do BRB.
São exemplos de pontos positivos apresentados pelo banco a nova tabela de cargos, dividida em 48 padrões; a elevação do piso dos analistas de O e M e de TI para R$ 5.768,00 e dos advogados para R$ 12.096,00; a valorização dos gerentes gerais (embora não no percentual que se esperava) com remuneração de R$ 15.000 para GG 1 e R$ 10.310 para GG 5 (remunerações acima do praticado pelo mercado) e dos assistentes de negócio que, após aprovação no curso de qualificação e estágio, serão enquadrados como gerentes de negócio júnior com remuneração de R$ 6.900,00. Há ainda a valorização dos atuais gerentes de negócios, cuja remuneração, em alguns casos será de até R$ 9.800,00 (dependerá da carteira administrada).
Porém, a proposta de solução da 7ª e 8ª horas, com redução drástica de remuneração para os supervisores de processos, especialistas em crédito, especialistas em risco, operadores financeiros e secretárias, além da extinção pura e simples da função de auxiliar administrativo, descomissionando mais de 100 companheiros, são exemplos de propostas que afrontam os funcionários e causarão sofrimento a estes, justamente o contrário do que o PCCR deveria proporcionar, pois o que se esperava era a solução de problemas e não a criação de novos.
Histórico da negociação do PCCR
A negociação deste instrumento, o PCCR, remonta ainda à implantação do PCS 2009, que nasceu “viciado”, trazendo consigo mais problemas que soluções. Desde aquela data, o Sindicato vem insistindo na necessidade de revisão dele.
No acordo coletivo de 2010, conquistamos a revisão do PCS, cuja implantação se daria em janeiro de 2011. Porém, fruto de mudança de cenário em 2010 (eleição do governador Agnelo Queiroz) que promoveria mudanças na direção do banco, o Sindicato entendeu a necessidade de postergar aquela data, num ato de boa fé, a pedido da então diretoria nomeada, que fez compromisso de celeridade na discussão do assunto em 2011.
Durante todo o ano de 2011 cobramos do banco esta solução, cujo desfecho ficou materializado na conclusão da campanha salarial, ocasião em que ficou acordado que sua implantação seria em janeiro de 2012, e seus efeitos financeiros seriam retroativos a setembro de 2011, efeitos esses que seriam pagos a título de abono quando de sua implantação.
Já estamos em março de 2012, e somente agora o banco apresenta sua primeira proposta, cujo detalhamento apresentamos a seguir.
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