Vasco da Cunha manda comissão dizer ‘não’

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Depois de reiteradas solicitações de encontro com o presidente do BRB, Vasco da Cunha, para tratar do corte de ponto dos funcionários por causa da greve geral do dia 30 de junho, o Sindicato se reuniu nesta sexta-feira (3) com a comissão de negociação do banco que foi delegada pelo presidente da instituição para dizer ‘não’ aos funcionários.

Em audiência inaugural na Justiça ocorrida no dia 27, depois de o Sindicato ter buscado a via da negociação e o banco não ter apresentado posicionamento algum, a representante do BRB fez contato, ainda no decorrer da audiência, com a coordenação do jurídico do banco para apresentar a proposta de compensação colocada pelo Sindicato, ao que, segundo ela, houve sinal positivo – dando indicação da possibilidade de acordo pela instituição, o que tão somente precisaria de prazo para deliberação da diretoria.

Em função disso, a juíza marcou nova audiência, motivada pela possibilidade de acordo. Porém, a atitude do banco se demonstrou tão somente protelatória, algo rechaçado no ambiente judiciário.

Na reunião desta sexta-feira, em que a pauta principal era o corte de ponto dos funcionários, os representantes do BRB disseram que a posição era a mesma: não reverteria sua decisão. O corte de ponto permaneceria. Que estavam ali por causa da insistência do Sindicato e para passar a posição terminativa do BRB no sentido de não negociar o dia da greve geral e que aguardariam o resultado da ação que a entidade sindical ajuizou.

Em resposta a um dos ofícios encaminhados pelo Sindicato solicitando reunião para tratar do dia da greve geral, o banco disse que manteria seu posicionamento pelo corte e que valoriza seu corpo funcional e respeita as escolhas de seus empregados, entretanto, como instituição de mercado, não pode se furtar a adotar as medidas cabíveis na sua gestão administrativa.

Nova audiência na justiça está marcada para o dia 21 de novembro.

Política de sucessão de administradores garante salário e posição de diretores

O que se mostra incoerente por parte de um banco que não negocia com os funcionários que legitimamente fizeram o dia de greve contra a retirada de direitos, apoiando-se no argumento de ser uma empresa de mercado e por questão de gestão administrativa, é que essa mesma diretoria tem uma política de sucessão de administradores que demonstra grau elevado de pessoalidade e uso errôneo da oportunidade.

A tal política garante para os próprios diretores que, no fim de seus mandatos, fica assegurado para eles o retorno aos seus cargos de origem, o que equivale dizer que todos eles serão no mínimo superintendentes e por no mínimo dois anos, bem diferente do que é praticado para os demais trabalhadores, destoando de uma boa prática administrativa.

Da Redação