Vacinação completa não é o suficiente para retorno seguro ao trabalho presencial

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Apesar do baixo esforço do governo federal para adquirir as vacinas contra o coronavírus, o Brasil ultrapassou a marca de 50% da população totalmente vacinada. A boa notícia, no entanto, não garante segurança para retorno ao trabalho presencial. Cientistas alertam que, mesmo com o número cada vez maior de vacinados, há que se atentar para a taxa de transmissibilidade.

Na última semana, essa taxa alcançou 0,60, o menor índice desde abril de 2020, quando começou a ser medida. Na prática, isso quer dizer que cada 100 pessoas infectadas pelo vírus o transmitem para outras 60. A instabilidade dessa taxa, que em setembro chegou a ser a maior dos três meses anteriores, é o que preocupa epidemiologistas e especialistas da área.

“Diante deste cenário, somado à variante Delta, é impossível garantir segurança à saúde dos trabalhadores bancários. Tendo em vista os riscos a que estão expostos bancárias e bancários, estamos fortalecendo a discussão de aguardar mais para que os trabalhadores saiam do home office e voltem ao trabalho presencial. Ainda não é a hora de retornar”, pontua a secretária de Saúde do Sindicato, Vanessa Sobreira.

Empregada da Caixa, Vanessa comenta que “mesmo com a vacinação, há risco de contaminação e agravamento. Os vacinados apresentam menos sintomas ainda e podem transmitir sem ter conhecimento de que estão infectados. Ao transmitir em uma área de grande movimento, como as agências bancárias, fica estabelecida uma ‘loteria’: não se sabe quem pode contrair o vírus e apresentar o estado grave mesmo vacinado”.

Esta semana, a China voltou a decretar lockdown em virtude de um novo surto de coronavírus em Xangai, Xi’an e nas províncias de Gansu e Mongólia interior. Segundo reportagem da Revista Fórum, voos foram cancelados, escolas foram fechadas e foi iniciada uma grande campanha de teste com o objetivo de conter o vírus.

Joanna Alves
Do Seeb Brasília