“Uma vida sem violência é um direito das mulheres”

0

Nesta quarta-feira (25), Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres, os dados continuam alarmantes. As estatísticas apontam que uma em cada três mulheres no mundo já sofreu violência física ou sexual. No Brasil uma mulher é estuprada a cada 8 minutos e assassinada a cada duas horas.

“É um dia que serve de parâmetro para todas as nações lançarem um olhar mais atento e compromissado com a defesa incondicional do direito da pessoa humana ser respeitada na sua individualidade, na sua essência”, observa a diretora do Sindicato Zezé Furtado, lembrando que uma vida sem violência é um direito das mulheres.

Embora o Brasil tenha uma das três legislações mais importantes do mundo sobre o tema, a Lei Maria da Penha, ainda segue o ranking dos países mais violentos do mundo contra a mulher, assumindo o posto de 5º país que mais mata mulheres por feminicídio no mundo.

A cada 1 hora, 4 meninas de até 13 anos de idade são submetidas a sexo forçado. De acordo com Fórum Brasileiro de Segurança Pública, 84,1% dos agressores são conhecidos das vítimas.

Já o Distrito Federal foi o 2º estado brasileiro que mais fez denúncias em 2019. Aqui, a violência física é a mais praticada (61,11%), seguida da violência moral (19,85%) e a tentativa de homicídio (6,11%).

Visibilidade ao tema

Desde o dia 20 deste mês, a CUT-DF vem sendo realizada a campanha 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra as Mulheres. Até o dia 10 de dezembro serão promovidas uma série de atividades para dar visibilidade ao tema. É uma estratégia de mobilização de indivíduos e organizações, em todo o mundo, para engajamento na prevenção e na eliminação da violência contra as mulheres e meninas.

A data, instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU), tem por objetivo alertar a sociedade sobre os casos de violência e maus tratos contra as mulheres. A violência física, psicológica e o assédio sexual são alguns exemplos desses maus tratos.

Em 25 de novembro de 1960, três irmãs, Pátria, Minerva e Maria Teresa Mirabal, foram assassinadas na República Dominicana, por forças militares do então ditador Rafael Leónidas Trujillo. A data foi assumida pelo movimento de mulheres de todo o mundo.