Taxação de grandes fortunas começa a virar realidade na Argentina. E no Brasil?

Começa a tramitar no parlamento argentino o projeto que cria imposto extraordinário sobre grandes fortunas. A proposta prevê taxação de pessoas físicas com patrimônio declarado a partir de 200 milhões de pesos, o equivalente R$ 14,5 milhões

0

Começa a tramitar no parlamento argentino o projeto que cria imposto extraordinário sobre grandes fortunas. A proposta prevê taxação de pessoas físicas com patrimônio declarado a partir de 200 milhões de pesos, o equivalente R$ 14,5 milhões. De acordo com a Administração Federal de Receita Pública, apenas 12 mil argentinos (0,03% da população) detêm a maior parte das riquezas do país. O imposto teria caráter extraordinário e seria cobrado uma única vez.

O projeto foi uma grande jogada política do governo e nasceu como resposta à ideia da oposição macrista de reduzir salários de políticos e de funcionários públicos. A arrecadação com o imposto sobre as grandes fortunas seria pelo menos 20 vezes maior do que as medidas neoliberais defendidas pelos derrotados na eleição do ano passado. 

No Brasil, embora esse assunto seja discutido há anos, a política econômica neoliberal de Paulo Guedes e Jair Bolsonaro rechaça qualquer proposta que mexa no bolso dos ricos. Segundo relatório da ONU, 1% da população brasileira concentra 28,3% da renda total do país; ou seja, quase um terço da renda está nas mãos dos mais ricos.

Participa do Fórum Café o correspondente da Fórum sobre assuntos da América Latina, Rogério Tomaz Júnior. Vamos receber também o deputado federal Márcio Jerry (PCdoB MA).

Fonte: Revista Fórum