Santander: Sindicato volta a protestar contra abertura de agência aos sábados

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A agência do Santander em Taguatinga Centro foi alvo de protesto do Sindicato na manhã do sábado (25) contra a tentativa do banco de forçar seus funcionários a trabalharem ‘voluntariamente’ nos finais de semana. O ato levou mais informação aos bancários e à população sobre o desrespeito por parte do banco à CLT e à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) dos bancários, uma vez que o expediente bancário é de segunda a sexta-feira.

Sindicatos dos bancários de todo o país protestaram contra a tentativa do banco Santander de abrir 29 de suas agências aos sábados. Mais uma vez, as agências permaneceram fechadas neste último sábado.

Para os representantes dos trabalhadores, é um absurdo que o banco espanhol queira abrir 29 agências em todo o país com trabalho voluntário dos bancários, sem proteção das leis trabalhistas. Enquanto cobra voluntariado dos trabalhadores, o Santander obteve lucro de R$ 3,485 bilhões no 1º trimestre de 2019, um crescimento de 21,9% em relação ao mesmo período em 2018. O que faturou no Brasil representa 29% do rendimento global, que foi de € 1,840 bilhões.

“Não justifica. Se o banco quer dar orientação sobre educação financeira aos clientes que o faça sem onerar os trabalhadores dessa forma. A jornada no fim de semana é ilegal e, em forma de voluntariado, é um disparate do banco. Orientamos que os bancários não se intimidem, que procurem o Sindicato e que não se inscrevam no Programa de Voluntariado de Orientação Financeira do Santander”, frisa a diretora do Sindicato e bancária do Santander, Rosane Alaby. “Não bastasse isso, o banco entrou com pedido de interdito proibitório na Justiça para impedir a ação do Sindicato de fechar a agência”.

Trabalhar aos sábados é ilegal

No dia 15, representantes do Sindicato e da Contraf-CUT estiveram na Câmara Federal, em audiência com o relator do Projeto de Lei 1043/2019, deputado João Carlos Bacelar (PR-BA), para apresentarem posição contrária à abertura de agências bancárias aos finais de semana.

Os dirigentes sindicais reforçaram a preocupação com os impactos do projeto para a categoria bancária e cobraram compromisso do parlamentar com a jornada de trabalho.

O banco insiste em abrir, nos finais de semana, nos meses de maio e junho, para dar orientação sobre educação financeira aos clientes. Esse serviço seria feito por seus funcionários, de forma voluntária, ou seja, sem proteção das leis trabalhistas.