Sindicato solicita reunião com a Caixa para tratar de assédio moral

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A gestão por medo na Caixa ainda não acabou. Inúmeros casos de assédio moral vêm sendo denunciados ao Sindicato, por meio de seus canais de atendimento. Em razão disso, a entidade enviou ofício ao banco (leia ao final da matéria), nesta terça-feira (6), solicitando o agendamento de reunião, em caráter de urgência, com a presidenta Rita Serrano e com o vice-presidente de Pessoas, Sérgio Mendonça, para tratar dessa prática nefasta que persiste no banco, principalmente contra as mulheres.

O número de casos de assédios quadruplicou na Caixa, durante a gestão do ex-presidente Pedro Guimarães. Entre 2013 e 2018, a média de denúncias de assédios recebidas pela instituição era de 80 por ano. Em 2019 até o dia 1º de setembro de 2022, período em que ele presidiu o banco, a média subiu para 343 denúncias por ano – um aumento de 425%.

Assim que assumiu a presidência da Caixa, Rita Serrano avisou que a era do assédio iria ficar para trás. E afirmou: “Nós vamos humanizar as relações de trabalho”. Isso trouxe um alento para os empregados e empregadas. Porém, passados cinco meses de sua gestão, a situação permanece a mesma em algumas unidades da empresa.

“A esperança de dias melhores na Caixa, com o fim do governo Bolsonaro, início do governo Lula e com a posse de uma ex-sindicalista na presidência da empresa, não pode dar lugar à frustração. A manutenção de estruturas assediadoras, bem como da gestão pela intimidação, por parte de alguns gestores, continua afligindo os empregados, levando-os ao desalento e ao adoecimento. Os canais apresentados pela empresa para enfrentamento aos assédios têm se mostrado pouco eficientes e não gozam de credibilidade por parte de muitos empregados”, avalia o secretário-geral do Sindicato, Antonio Abdan.

E acrescenta: “O Sindicato dos Bancários de Brasília quer conversar com a presidência da Caixa e com o vice-presidente de pessoas, apresentar casos reais e proporcionar à empresa a oportunidade de provar que o ‘fim da gestão por medo’ é uma realidade e não uma peça de ficção”.

CAIXA-4



Mariluce Fernandes
Do Seeb Brasília