Sindicato se reúne com funcionários da Celog do BRB

0

Em reunião ocorrida no último dia 18, na sede do Sindicato, diversos funcionários da recém criada CELOG apontaram os problemas pelos quais passam, fruto da forma como foi implantada esta nova área do BRB.

Eles foram unânimes em apontar a forma traumática como foi criada a CELOG, cuja implantação tem causado transtornos, e, conforme diversos relatos, sem discussão com os profissionais que seriam os responsáveis pelo funcionamento da área, sem treinamento adequado e ainda sem adequação do “layout”.

As opiniões dos bancários também apontam uma situação que causa enorme confusão e também dificuldades nas rotinas diárias, a falta de normatização das atividades. Todos disseram que os manuais do banco não estão adequados a esta nova realidade.

Outra reclamação recorrente refere-se ao acúmulo de trabalho que recaiu sobre o gerente de atendimento da retaguarda, que, segundo diversas opiniões, na maioria dos PAs não consegue absorver funções de tesouraria, chefia de caixas, retaguarda e suprimento de máquinas do autoatendimento.

Após o debate, os presentes à reunião apontaram algumas correções que devem ser feitas, as quais o Sindicato levará oficialmente ao banco como reivindicações, especialmente neste momento em que se organiza a campanha salarial de 2016.

As medidas apontadas são:

1 – apurar o volume de serviço destinado para o gerente de expediente da retaguarda por PAs, e, a partir disto, buscar a redefinição do quantitativo de gerentes de expediente da retaguarda por PAs. Alternativamente, foi apresentada a proposta de criação de uma função intermediária para auxiliar a retaguarda. Foi levantada, inclusive, a hipótese de se alocar um(a) analista para auxiliar nesta função, visto que a CELOG, pela subordinação, está sob a cobertura da DG (Direção Geral) do banco, o que permite a alocação de analista para a área.

2 – Correção imediata dos normativos internos para descreverem com exatidão as funções da retaguarda nesta nova configuração.

3 – Redistribuição das atividades hoje apenas com o gerente de expediente da retaguarda com o gerente de expediente do atendimento, pois, na visão de muitos, a função do gerente de expediente de atendimento ficou com um volume de atividades menor.

“A impressão que a reunião permitiu ao Sindicato perceber é que, embora fomentada durante muito tempo, a mudança na retaguarda, em face da implantação do novo modelo de atendimento, foi feita de forma atabalhoada, sem clareza e desprovida de experimentação que permitisse a visualização das falhas para correções”, afirma André Nepomuceno, diretor da Fetec-CUT/CN.

 

Situação dos delegados sindicais é uma dúvida

Um dos aspectos que foram levantados na reunião, e que preocupam os funcionários e sobremaneira o Sindicato, refere-se à representação sindical nas agências. Os funcionários da retaguarda assim como os caixas estão formalmente alocados na CELOG, e em adição temporária nas unidades em que prestam serviço. Diante disso, a preocupação é que não possam ser representantes das unidades em que efetivamente trabalham.  A isto alia-se ainda a insegurança fruto da possibilidade de remoção constante, visto que a lotação não é no PA.

O Sindicato demonstra preocupação com esta situação, e já nesta semana oficiará o banco cobrando a garantia de permanência dos funcionários nos PAs em que trabalham pelo tempo mínimo previsto nas normas internas de remoção. Esta reivindicação foi apresentada à diretoria do banco em reunião ocorrida no dia 15 de junho passado, e o banco afirmou que assim procederia, porém, temos de ter assegurada esta situação em acordo.

Quanto à possibilidade de representação como delegado sindical, o Sindicato também cobrará do banco que todo funcionário da retaguarda que esteja trabalhando nos PAs, tenha a garantia de poder ser eleito delegado sindical para representar o PA em que esteja trabalhando.

“Não aceitaremos em hipótese alguma uma diminuição da possibilidade de representação sindical. Se necessário vamos recorrer às instâncias devidas, para garantir que todo trabalhador vinculado à CELOG possa ser candidato, e exercer a função de delegado sindical em qualquer unidade em que esteja trabalhando”, enfatiza o secretário-geral do Sindicato, Cristiano Severo.

 

Situação inusitada

Uma situação bastante inusitada foi reportada pelos funcionários da retaguarda presentes na reunião. Trata-se da nova determinação para que os gerentes de expediente comprem coisas básicas, como lanche para a agência, de empresas que detenham todas as certidões exigidas para grandes compras. Isto ocorreu, segundo os presentes à reunião, sem nenhum aviso prévio ou prazo de adequação para as empresas que tradicionalmente compravam.

O Sindicato defende lisura absoluta em qualquer compra. Porém, esta medida, tomada assim repentinamente, sem prazo para os fornecedores se adequarem, está gerando situações tais como compra de fornecedores por preços mais elevados pelo fato de aqueles com menor preço ainda não terem em mãos todas as certidões exigidas. Apontaram ainda a concentração de compras em pouquíssimos fornecedores que já tenham as certidões, gerando um espécie de cartelização, o que é absolutamente anti-econômico.

Esta medida deveria ser revista para que os fornecedores possam se adequar e buscar as certidões que os tornem aptos a venderem para o BRB.