Sindicato repudia decisão da Caixa de aumentar teto de co-participação do plano de saúde

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Reunião do Conselho de Usuários do Saúde Caixa. Na mesa: Flavio Uchoa (de camiseta listrada), José Carlos Alves, Orlando Gasparino (de camisa branca), Sergio Serra (GEMAC), Jocilda Frota (GESAD), Sergio Amorim, Emerenciana do Rego

Em mais uma atitude antidemocrática, a direção da Caixa Econômica reajustou – de forma unilateral e contrariando os integrantes do Conselho de Usuários do Saúde Caixa –, o plano de saúde. Na segunda-feira 7, a empresa divulgou a CI (circular interna) SUAPE/GESAD 008/08, que determina aumentos para a mensalidade de dependente indireto e para o teto anual de co-participação do usuário no programa Saúde Caixa. A mensalidade foi estipulada em R$ 100,00 por dependente indireto e o teto de co-participação, que era de R$ 1.780,00, sobe para R$ 2.400,00.

“A decisão da Caixa é inoportuna, pois o Saúde Caixa alcançou, em 2007, um superávit de mais de R$ 9 milhões, garantindo assim o início da formação da reserva técnica de 2,38%”, afirma Orlando Gasparino, secretário de Saúde da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Centro Norte (Fetec-CN) e ex-integrante do Saúde Caixa.

Nos dias 6 e 7 de janeiro, o Conselho de Usuários do Saúde Caixa realizou reunião anual onde são definidos os reajustes do plano de saúde. Não satisfeitos com o relatório atuarial apresentado pela Caixa, os representantes eleitos pelos empregados solicitaram algumas simulações, onde a reserva técnica seria elaborada de forma escalonada (0,5% ao ano): 2,5% em 2008. 3% em 2009 e 3,5% em 2010. Também apresentaram as seguintes propostas: reajuste de 6% no teto e na mensalidade do beneficiário indireto e reajuste de 6% no teto e de 30% na mensalidade do beneficiário indireto de R$ 91,00. 

“Estranhamente, a Caixa Econômica não realizou as simulações solicitadas pelos conselheiros eleitos e não disponibilizou o simulador online, como ocorreu em 2006, dificultando assim o posicionamento dos conselheiros eleitos, devido a falta de informação. Essa atitude mostra mais uma vez que falta respeito e compromisso da direção da empresa com os empregados”, critica Orlando Gasparino.

O diretor sindical lembra ainda que o fundo de reserva técnica foi definido no Acordo Coletivo de Trabalho para a cobertura de eventuais casos de procedimentos de alta complexidade, entre os quais, transplantes, internações em UTI, próteses e outros.

“Concordamos com a reserva técnica, desde que realizada de forma escalonada, pois a partir deste mês os empregados terão que pagar as parcelas do montante não pago durante 2005 e 2006, referentes a época em que o sistema do Saúde Caixa não tinha como cobrar a co-participação”, lembra Alexandre Severo, secretário de Saúde do Sindicato e integrante eleito do Saúde Caixa.