Sindicato recebe o Sarau Não ao Feminicídio nesta quinta (13)

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#VivaMulher
#SarauNãoaoFeminicídio

O Sindicato vai receber nesta quinta-feira (13), a partir das 19h, o ‘Sarau Não ao Feminicídio’. O Sindicato é um dos parceiros do evento, promovido pelo Celeiro Literário Brasiliense e pelo Projeto BraSa – Caminhos Literários e Musicais entre Brasília e Salvador, que vai reunir poetas e músicos de Brasília para denunciar as violências físicas e simbólicas contra a mulher.

Subirão ao palco os poetas Nilva Souza, Cristina Roberto, Seirabeira, Ana Rossi, Custódia Wolney, Luciana Barreto, Angélica Torres, Paulo Lima, Mauro Rocha, Marcia Amaral, Ismar Lemes, Flora Benittez, Pietro Costa, Nara Fontes, Analise, Vicente Sá, Malu Verdi, Roberto Medina, Luh Veiga e Maria Maia.

Na programação musical, Martinha do Coco, Dora Cabanilha, Marina Andrade, grupo de choro Regional Marangone constituído por Rodrigo Pereira (violão), Cristina Porto (fagote), Fernando Borgatto (bandolim), Sidnei Maia (flauta), Henrique Borgatto (cavaquinho) e Davi Muniz (pandeiro) –, além do quarteto Não ao Feminicídio formado por Beatriz Schimidt (flauta transversal), Cristina Porto (Fagote), Eduardo Rangel (voz) e Genil Castro (guitarra).

Mestra Martinha do Coco é cantora, compositora que desenvolve um trabalho autoral com expressões culturais ligadas à música, dança e brincadeiras populares com influências da cultura nordestina e afro-brasileira como samba de côco, maracatu e ciranda ressignificadas com a incorporação de elementos culturais da vida no cerrado. Em 2017 gravou o CD RODAS GRIÔ, fruto do seu trabalho juntos as crianças e adolescentes nas escolas do Paranoá. Em 2018 lançou o seu segundo CD com o título “Perfume Dela”. É a mulher negra de maior expressão na Cultura Popular no DF.
João Tomé, violonista nascido em Uberaba em 1920, transferiu-se para Brasília em 1960. Aqui criou os filhos e uma extensa obra dedicada ao choro. Aos 19 anos, modificando ligeiramente o sobrenome da família de um amigo, compôs o choro Marangone. Vem desse choro o nome do Regional Marangone, grupo formado em 2019, a partir de uma roda de choro semanal num bar na Asa Norte, onde seus integrantes se conheceram e descobriram afinidades, integrando-se ao forte movimento de preservação da cultura popular representada por músicos, do passado e do presente, dedicados a esse gênero de música em Brasília. Referência e homenagem a João Tomé, pioneiro do choro na cidade, o Regional Marangone é formado por Rodrigo Pereira (violão), Cristina Porto (fagote), Fernando Borgatto (bandolim), Sidnei Maia (flauta), Henrique Borgatto (cavaquinho) e Davi Muniz (pandeiro).
 
Dora Cabanilha é cantora e compositora, lançou há pouco tempo o CD Entrópico (disponível também em todas as plataformas digitais), totalmente autoral, onde apresenta o melhor de sua musicalidade, com letras sensíveis e ritmos variados. Já se apresentou em diversos espaços culturais em Brasília e outros lugares do País.
Marina Andrade, compositora, cantora, poeta, integrante da Frente de Mulheres Negras do DF e Entorno. Vai cantar as músicas, Eu-mulher (música autoral sobre o poema de Conceição Evaristo); Mulheres Negras e Tereza de Benguela (também autoral)

Campanha #VivaMulher

Paralelamente ao Sarau, será realizada a campanha #VivaMulher, que visa arrecadar itens de higiene pessoal feminino (absorvente, hidratante, sabonete, fralda geriátrica, toalha, desodorante, shampoo, condicionador, creme dental, escova de dentes e fio dental).

As doações serão repassadas às delegacias de atendimento à mulher de Brasília, para atender mulheres que sofreram violência.

Dados alarmantes

Somente na primeira quinzena de 2020 o Distrito Federal registrou 4 casos de feminicídios.

A última edição do Atlas da Violência, produzido em 2019 pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), mostra que em 10 anos houve um crescimento de 30,7% de homicídios femininos no território nacional.

Em 2017, 13 mulheres foram assassinadas por dia, além da estimativa de, no mínimo, 300 mil estupros anuais, já que, infelizmente, as notificações não correspondem à realidade.

Entre 2003 e 2013, o número de mulheres mortas em condições violentas passou de 3.937 para 4.762 – o que representou 13 feminicídios por dia –, registrando um aumento de 21% na década. Para as mulheres negras, o índice foi ainda pior: os homicídios, nesse caso, aumentaram 54,2% no mesmo período, passando de 1.864 para 2.875 vítimas.

Da Redação