Sindicato participa de mais um dia de luta em defesa do Saúde Caixa

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Em mais um dia de luta pelo reequilíbrio do Saúde Caixa, dirigentes do Sindicato se juntaram aos empregados do banco, na manhã desta quarta-feira (22), em frente ao prédio Matriz I. O ato em defesa do plano de saúde foi realizado simultaneamente por entidades sindicais de todo o país. Também houve um tuitaço, das 11h às 12h, com a hashtag #QueremosSaúdeCaixa.

Enquanto isso, o Comando Nacional dos Bancários e a Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa davam continuidade às negociações com o banco para resolver os entraves sobre o teto de custeio da empresa e melhoria do atendimento do plano de saúde dos empregados.

Durante o ato, o secretário de Finanças do Sindicato, Antonio Abdan, fez uma retrospectiva sobre as negociações com a Caixa, iniciadas em junho, e paralisadas por um determinado momento, por questões de impasse, mas retomadas este mês porque em dezembro vence o acordo que garante o plano de saúde. Ele reiterou que, segundo últimas apurações apresentadas pelo banco, o plano de saúde acumula déficit de R$ 422 milhões em 2023 e a projeção, para 2024, é de cerca de R$ 660 milhões.

“Há urgência em resolver os entraves do nosso plano porque a partir de janeiro nós não temos mais o acordo e a Caixa poderá fazer os ajustes que considerar necessários. Então, acreditamos que a negociação é melhor do que qualquer coisa que seja imposta. A solução significa zerar o déficit de 2023 sem onerar os empregados e busca equalizar o plano a partir de então”, aponta Antonio Abdan.

“Estamos num momento entre manter a viabilidade ou manutenção do Saúde Caixa”, assinalou Vanessa Sobreira, secretária de Saúde do Sindicato, alertando que um aumento muito grande pode ser considerado por muitos bancários motivo para saída e procura para planos de mercado. “Com a saída de muitos colegas, a gente pode não conseguir a manutenção do nosso plano de saúde. E, por outro lado, a viabilidade do plano é muito importante considerando o déficit, que tem de ser resolvido de alguma forma”, avaliou.

E acrescentou: “Temos colocado muitas propostas na mesa de negociação. A principal delas é o fim do teto da folha, mas não temos conseguido avançar nesse sentido. Por isso, vamos precisar de muita serenidade para passar por esse momento”.

Secretária de Saúde da Fetec-Cut/CN, Rafaella Gomes enfatizou a importância de os bancários levarem a sério esse assunto, considerando que há o risco de o plano de saúde ter um aumento de 80% na mensalidade. “É fundamental que haja mobilização e união da categoria, para mostrarmos para a Caixa que valorizamos o benefício, conquistado com muita luta. E, juntos, vamos continuar lutando pela sua manutenção”, apontou.

“Nós que temos o plano de saúde como o nosso mais importante salário indireto, precisamos tomar uma decisão na medida que as negociações avancem. Portanto, a mobilização é fundamental”, endossou Enilson Silva, diretor da Fetec-CUT/CN.

Mariluce Fernandes