Em um cenário de resistência a ataques violentos do governo e de grupos fascistas às questões de gênero , lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, Queer/Questionando, Intersexuais, Assexuais/Arromântiques/Agênero, Pan/Poli, e mais realizarão a 22ª Parada do Orgulho LGBTIQA+ de Brasília, neste domingo (14). A atividade será a partir das 14h, com concentração no Congresso Nacional.
O Sindicato dos Bancários de Brasília estará presente no evento, somando-se a centenas de entidades nacionais e internacionais que estão engajadas na luta pelos direitos.
“Por nenhum direito a menos, fortaleceremos a luta para o avanço dos direitos para a população LGBT. Na atuação sindical, o Sindicato dos Bancários de Brasília e a CONTRAF-CUT arrancaram na mesa de negociação o compromisso da FENABAN na isonomia de tratamentos e oportunidades a essa comunidade. ” informou o presidente do Sindicato dos Bancários de Brasília, Kleytton Morais, que estará presente no ato.
“Nossa tarefa é avançar no respeito, tolerância a diversidade e dignidade humana. Nossa categoria estará realizando, a partir desta segunda feira, 15 de julho, o terceiro censo da diversidade, em mais uma ação na luta pelos direitos LGBTIQ” relatou Edson Ivo, diretor do Sindicato dos Bancários de Brasília.
Com um projeto político pavimentado no preconceito, no ódio e na retirada de direitos, o presidente Jair Bolsonaro, que fez toda uma campanha eleitoral ressaltando o ataque aos LGBTIQA+, vem colocando sua estratégia em prática e atacando a comunidade de forma cruel, com propostas que tentam privar seus integrantes da própria dignidade.
A última atrocidade de Bolsonaro contra a comunidade LGBTQIA+ foi nessa quinta-feira (11). Em café da manhã com a bancada evangélica, ele afirmou que no formulário de solicitação de passaporte, nos campos referentes à filiação do requerente, as palavras “genitor 1” e “genitor 2” serão substituídas por “pai” e “mãe”. Os termos “genitor 1” e “genitor 2” foram adotados em 2017, após pleito dos casais homoafetivos, como forma de contemplar esse tipo de formação familiar.
No mesmo encontro, Bolsonaro ainda disse que levará a bandeira da exclusão das menções de gênero para a candidatura à reeleição no Conselho de Direitos Humanos da ONU, somando-se às propostas dos representantes dos países muçulmanos radicais.
Na avaliação do o presidente da Associação Brasília Orgulho Michel Platini, Michel Platini, este ano é emblemático para o movimento. Primeiro, porque são rememorados os 50 anos de ativismo LGBTIQA+ no mundo. E, segundo, porque é o primeiro ano em que Parada acontece sob a administração de um governo fascista, que ameaça a democracia e os direitos civis e humanos da população LGBTIQA+.
“É um governo que tem uma interlocução com os diversos setores internacionais que são aliados para tentar retirar nossos direitos que foram conquistados com muita luta. Por isso, estaremos nas ruas lutando e chamando a atenção para a necessidade da manutenção da resistência”, disse.
Da redação com CUT Brasília