Numa demonstração de apoio aos trabalhadores e trabalhadoras dos Correios do Distrito Federal e Entorno, que estão em greve desde o dia 17 de agosto, o Sindicato esteve, na tarde desta quarta-feira (2), no Terminal de Cargas do Aeroporto Internacional de Brasília, um dos principais responsáveis pelo transporte aéreo de mercadorias. Eles ocupam o espaço desde as 4h de hoje.
Na luta pelos direitos conquistados e contra a privatização da estatal, a categoria vem realizando vários atos como este em todo o país, além de ocupar vários centros de operações.
“Das 79 cláusulas do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) que teria vigência até 2021, o governo está querendo deixar apenas nove, sendo que uma delas atinge diretamente as mulheres, que é a redução da licença maternidade, atualmente de 180 dias”, esclarece Vitória Silva, diretora da pasta das Mulheres do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios. Ela observa que a decisão reduziu em cerca de 40% a renda dos trabalhadores, além das férias e do valor do tíquete alimentação.
Também foram retirados direitos como 30% do adicional de risco, auxílio creche, indenização por morte, auxílio para filhos com necessidades especiais, pagamento de adicional noturno e horas extras.
“Os ataques a nossa categoria são imensos. Sem nenhuma solução apresentada pela empresa, só nos restou a greve”, enfatiza Vitória, que pede a colaboração das demais categorias de trabalhadores. “Contamos com o apoio de todos”.
Para o diretor do Sindicato Ronaldo Lustosa, é muito importante para o Brasil que todo o povo apoie os trabalhadores dos Correios nesse momento tão difícil. “É uma honra poder estar aqui ajudando na luta dos nossos irmãos, que vêm sofrendo ataques com a retirada de direitos históricos”.
O diretor da Fetec-CUT/CN Rodrigo Britto também esteve presente na atividade no Aeroporto Internacional de Brasília.
Mariluce Fernandes
Do Seeb Brasília