Sindicato flagra péssimas condições de trabalho na agência da Caixa da UnB

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Em uma de suas visitas de rotina, o Sindicato flagrou no início do último mês um cenário desolador na agência da Caixa Econômica Federal da Universidade de Brasília (UnB), dado as péssimas condições de trabalho a que estão submetidos os bancários do local.

Localizada num espaço de aproximadamente 116 metros quadrados cedidos pelo Instituto de Ciências Biológicas (ICB), disputado pelos 24 trabalhadores da unidade (12 bancários, sete estagiários e cinco terceirizados), a agência registra problemas que vão da ausência de porta giratória à inexistência de banheiro interno, apontou análise detalhada feita por técnicos a serviço do Sindicato.

Além de expostos à fiação elétrica, num iminente risco de curto circuito e incêndio, os funcionários são obrigados ainda a conviver com armários, objetos e caixas de papelão (repletos de poeira) espalhados ou amontoados pelos corredores ou em ambientes como o auto-atendimento, a retaguarda, a gerência e a copa, dificultando a livre circulação deles. A copa, aliás, possui uma área de míseros 4,5 metros quadrados destinada ao lanche e às refeições.

Foram detectados também problemas no estabilizador de tensão de energia, na localização do extintor de incêndio e irregularidades nos pisos.   

“A situação da agência é caótica”, resumiu o secretário de Saúde do Sindicato, Alexandre Severo, que esteve no local. “A Caixa não está respeitando as mínimas condições de salubridade e segurança, ferindo a Norma Regulamentadora nº 17. É um claro sinal de descaso e negligência para com os bancários e clientes”, completou.

Responsabilidade

Os problemas foram levados à administração da UnB. O Sindicato solicitou audiência com o reitor da instituição, Roberto Aguiar, porém, em razão de problemas de saúde, as audiências foram realizadas com o decano de Administração João Carlos Teatini, que orientou o Sindicato a discutir o assunto com o diretor do Ceplan (Centro de Planejamento Oscar Niemeyer) da universidade, Alberto Alves de Faria. A convite do Sindicato, a Caixa participou das reuniões.


O secretário de Saúde do Sindicato, Alexandre Severo (à dir., de camiseta branca), e o assessor da entidade Sinval Monteiro, durante audiência com o decano de Administração da UnB João Carlos Teatini. À esquerda, representantes da Caixa

Sobre a possibilidade de ampliação do espaço físico da agência, levantada pelo Sindicato, Faria disse que está praticamente garantido o deslocamento da unidade da Caixa para um local maior, dentro do próprio ICB, tendo em vista projeto da universidade que prevê o remanejamento de algumas divisões do Instituto.

A medida seria um paliativo até a construção de um novo prédio para a agência, em terreno destinado a este fim, nas proximidades de onde se localiza a agência do Banco do Brasil. O prazo para a construção e entrega do prédio vai de 1 ano e 6 meses a 2 anos.

De imediato, o diretor da Ceplan solicitou à Caixa a entrega de ofício pedindo a disponibilização do espaço em caráter provisório para a agência. O banco se comprometeu a enviar o documento tão logo fosse possível. 

“Estamos vigilantes quanto ao andamento desse processo e vamos continuar a cobrar da Caixa empenho para a solução o mais rapidamente possível dos problemas daquela agência, incluindo aí a transferência temporária e a definitiva da agência”, frisou o diretor do Sindicato Wandeir Severo.