A fusão da agência do centro de Taguatinga à de Taguatinga Norte, iniciada nesta segunda-feira (26), escancarou o desrespeito do Santander com bancários, clientes e usuários. Além de seguir com a redução drástica de agências em todo o país, o banco não oferece condições mínimas de trabalho. Na manhã desta terça (27), o Sindicato fechou a unidade da região norte da cidade-satélite.
A relação de problemas é extensa. Como não tem internet na agência, os bancários usam o próprio pacote de dados para trabalhar. Faltam mesas, falta o posto do vigilante, faltam suportes para os extintores deixados no chão. O cofre com numerário está disposto no meio da agência.
“O impacto dessa fusão mal planejada também afeta os clientes. O tempo de espera para atendimento com a gerência no primeiro dia era de quase duas horas. Os funcionários tiveram que fazer um sorteio para decidir quem trabalharia em pé e quem ficaria com as poucas mesas disponíveis”, contou a diretora da Federação dos Bancários do Centro Norte (Fetec-CUT/CN), Eliza Espindola.
Cliente da agência Taguatinga Norte, Maria Aparecida compartilhou a experiência negativa que tem vivido quando precisa de atendimento. “Eu apoio o fechamento porque está sem condições, muito cheia. Ontem, por exemplo, teve que distribuir senha para ver quem entraria. A segurança é precária, o local não tem estrutura para receber todos os clientes, incluindo os que vieram da agência do centro de Taguatinga”, listou a cliente.
Diante da falta de condições de trabalho e de atendimento, o Sindicato notificou a Polícia Federal e o Corpo de Bombeiros. A entidade aguarda a visita técnica das instituições para garantir a segurança dos bancários, clientes e usuários.
Joanna Alves
Do Seeb Brasília
