Sindicato exige suspensão de discussão sobre subsidiária para loterias da Caixa

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Os empregados da Caixa foram surpreendidos com a notícia de que o Conselho de Administração da empresa realizará uma reunião extraordinária nesta segunda-feira (18) com o intuito de debater a reativação de subsidiária para gerir as loterias sociais administradas pela instituição.

“O Sindicato oficiou a Caixa sobre a ilegalidade e temeridade de pautar assunto de tamanha relevância no afogadilho, sem cumprir as Convenções da OIT 98 e 151, que exigem prévia consulta aos sindicatos antes de decisão de tamanha envergadura, com consequências potencialmente temerosas para as bancárias e os bancários”, criticou o presidente do Sindicato, Eduardo Araújo.

Em paralelo, a entidade ajuizou ação civil pública na Justiça do Trabalho exigindo que essas normas internacionais sejam cumpridas pelo banco. Araújo acrescentou que espera que a Caixa atue com responsabilidade e exclua o tema da pauta do Conselho, pois seguir com a iniciativa, agora sub judice, seria prejudicial à Caixa, patrimônio do povo brasileiro.

Segundo informações da imprensa, no ano passado as Loterias da Caixa arrecadaram um total de R$ 23,4 bilhões. Desse montante, R$ 7,9 bilhões foram pagos aos apostadores e R$ 9,2 bilhões foram destinados a programas sociais do governo nas áreas de seguridade social, educação, saúde, cultura, esporte e segurança pública. Cerca de 60% dos lucros da operação com as loterias voltam, todo ano, para a sociedade, na forma de investimentos sociais.

“Isso só é possível porque a gestão é pública, pois ao operador privado só interessará o lucro”, afirma o presidente do Sindicato, ao salientar que o movimento dos trabalhadores irá lutar para que a proposição, que já havia sido derrotada durante o governo Temer, seja novamente suspensa, porque lesiva ao interesse público.

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Da Redação