Sindicato engrossa coro em defesa das empresas públicas em audiência no Senado

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O futuro é público e a categoria bancária sabe bem a importância disso para o povo brasileiro. Em audiência pública convocada pelo senador Paulo Paim (PT/RS), a partir da Comissão de Direitos Humanos do Senado, bancários e bancárias reafirmaram o compromisso com a defesa das empresas públicas e propuseram unidade para desfazer ataques. O evento foi realizado em formato híbrido nesta segunda-feira (13).

O coro em defesa do patrimônio público brasileiro reuniu trabalhadores de diversas categorias. Além dos bancários, petroleiros, eletricitários, metroferroviários, trabalhadores de pesquisa e desenvolvimento agropecuário expressaram o quão devastador para a democracia é destruir as empresas públicas, que garantem serviços para todos os brasileiros, sem distinção.

Secretário de Assuntos Parlamentares do Sindicato, Ronaldo Lustosa lembrou que “as empresas públicas ajudam o povo. O futuro é público e temos que estar unidos para desfazer as maldades e proteger as empresas públicas e também proteger o povo brasileiro”. O dirigente comentou ainda sobre a atuação imprescindível das instituições públicas durante a pandemia do coronavírus, apesar das investidas privatistas do governo federal.

“Um futuro que não seja para todos é um futuro onde metade da população mundial vai morrer de fome, de sede, desempregada, vai morrer na miséria. O Brasil tem 30 milhões de pessoas passando fome, é inadmissível, enquanto os poderosos enriquecem mais. É essa desigualdade gritante que temos que combater. Então o futuro público é a única possibilidade de futuro para a humanidade e esse é o objetivo do debate que estamos fazendo aqui”, afirmou Rita Serrano, conselheira de Administração eleita da Caixa e integrante do Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas.

A deputada federal e ex-presidenta do Sindicato, Erika Kokay, também participou da audiência pública. Durante sua fala, a parlamentar disse que o governo federal deve insistir na pauta das privatizações até as eleições em outubro. “É como se houvesse uma captura do Estado, para que ele não sirva à população, para que o Estado passe a servir aos governantes e à iniciativa privada. O governo não tem um projeto de desenvolvimento nacional, não há de desenvolver as cadeias produtivas, gerar emprego e não tem interesse nos instrumentos estratégicos”, disse Kokay.

Para instrumentalizar a população, que se prepara para mais um processo eleitoral em alguns meses, foram lançados durante a audiência o livro “O Futuro é Público” e a campanha “Se é público, é para todos”.

Joanna Alves
Do Seeb Brasília