Sindicato e Fetec-CUT/CN entram com ação popular na Justiça para barrar IPO da Caixa Seguridade

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A Federação Centro-Norte (Fetec-CUT/CN) protocolou na Justiça Federal, nesta terça-feira (27), ação popular contra o IPO da Caixa Seguridade, prevista para esta quinta (29). O Sindicato dos Bancários de Brasília também patrocina a ação, preparada pela Advocacia Garcez, da assessoria jurídica da Fetec-CUT/CN, para manter a Caixa 100% pública a serviço do Brasil.

“Essa é mais uma iniciativa da Federação e suas entidades filiadas de defender a Caixa como banco público e evitar que esse patrimônio nacional imprescindível para o desenvolvimento do país seja entregue para o capital privado. A importância da Caixa é ainda mais reforçada neste momento de pandemia e, principalmente, depois da volta da normalidade, quando o Brasil precisará retomar o crescimento”, afirma Cleiton dos Santos, presidente da Fetec-CUT/CN.

“Nos governos neoliberais de Collor e FHC, a participação dos empregados na luta contra a privatização foi um caminho vitorioso para mantê-la pública, e agora não será diferente. As mobilizações realizadas têm mostrado que os empregados estão dispostos a manter a Caixa 100% pública. Todos devem cobrar que governadores, prefeitos e deputados se manifestem também contra essa pilhagem que o governo federal pretende praticar”, ressalta Maria Gaia, bancária da Caixa e diretora de Relações Institucionais da Fetec-CUT/CN.

Na ação popular foram abordados diversos temas importantes, tais como o conflito de interesse na atuação da Caixa como intermediadora na venda das ações e a violação das normas da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) que regulamentam a oferta pública de ações.

Após a distribuição da ação, a equipe da Advocacia Garcez já diligenciou perante a Justiça Federal para tentar obter uma decisão judicial sobre o pedido liminar de suspensão da abertura das ofertas, prevista para esta quinta (29). A Caixa apresentou manifestação preliminar, requerendo que o pedido liminar seja analisado após a oitiva do banco. O juiz definirá se decidirá antes ou após as informações da Caixa.

“O ajuizamento da ação popular fortalece nossa luta contra atitudes arbitrárias de desmonte e privatização da Caixa”, conclui Cleiton dos Santos.

Da Redação