Sindicato e Fenaban voltam à mesa de negociação dia 10 para debater aditivo que barra aplicação da MP 905

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Está marcada para a próxima terça-feira (10), em São Paulo, a retomada das negociações entre o Comando Nacional dos Bancários e a federação dos bancos (Fenaban) para discutir o aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) que tem como objetivo neutralizar os efeitos da MP 905 para a categoria.

A expectativa é que sejam superadas as divergências de redação dos termos do acordo, já que, na última reunião, ficaram acertados vários pontos que garantiam, além da manutenção da jornada de trabalho de 6 horas e do descanso aos finais de semana, as negociações, com os sindicatos, sobre a Participação nos Lucros e Resultados (PLR).

“Não foram eles que quiseram incluir na reforma trabalhista a prevalência do negociado sobre o legislado? Então, nossa negociação está em vigência e vamos exigir que a mesa seja respeitada”, afirma a presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira.

“Com a federação dos bancos podemos negociar apenas os pontos que afetam a categoria, mas a MP 905 é um verdadeiro AI-5 dos direitos trabalhistas. Extingue a regulamentação de diversas profissões, reduz direitos e a remuneração dos mais jovens, possibilita o achatamento de salários dos mais experientes e institui imposto sobre o seguro-desemprego. Tudo isso para beneficiar os bancos e demais empresários, em prejuízo da classe trabalhadora, até mesmo daqueles que estão na crítica situação de desemprego”, explicou Juvandia. “Por isso, trabalhamos pela derrubada da MP”, concluiu.

Da Redação com Contraf-CUT