Em reunião realizada nesta quinta-feira (4) na sede da Cooperforte, Sindicato e Cooperativa manifestaram a intenção de manter uma agenda permanente de diálogo sobre os assuntos de interesse dos trabalhadores.
A reunião foi iniciada com uma apresentação de como está estruturada a Gestão de Pessoas dentro da Cooperativa. As etapas da experiência dos empregados, denominada “A Jornada do Trabalhador”, foi demonstrada em detalhes, considerando a vivência desde o processo de recrutamento.
Contudo, o tema central deste encontro foi sobre o plano de saúde dos funcionários, o Anbima Saúde/Bradesco Saúde Plano Top Nacional, que em 2024 sofreu um reajuste de 18,31% nas mensalidades com a aplicação da inflação médica do período. É importante ressaltar que a cooperativa faz parte de um convênio médico de um grupo de empresas, focado nos mercados financeiro e de capitais.
A Cooperforte justifica que após abril de 2022 houve um grande desequilíbrio na taxa de sinistralidade e, por isso, foi forçada, em 2023, pelo plano Bradesco, a adotar o modelo de coparticipação nos custos de serviços de saúde utilizados, o que pode onerar, na visão do Sindicato, o trabalhador além de suas previsões e causar um desequilíbrio adicional, uma vez que o crescimento de salário já não acompanha os reajustes do planos mais uma despesa de coparticipação.
Há por parte da Cooperforte, segundo relado dos administradores, uma movimentação intensa e qualificada com o objetivo de conscientizar sobre o uso do plano de saúde, como por exemplo o uso de consultas eletivas x atendimento de pronto socorro, política de peembolso, 2ª e 3ª opinião, verificação das guias de procedimentos autorizados, entre outros.
“Nesse sentido, reforçamos que a ação de incentivar a cultura do bom uso do convênio pelos usuários é super válida e necessária, mas ressaltamos o fato de que não podemos culpabilizar o funcionário por alguns problemas que sabemos que é sistêmico da rede privada de saúde”, sustentou Talita Régia, secretária de Organização do Ramo Financeiro da Fetec-CUT/CN, acrescentando que esse sistema também deve ser fiscalizado pelos próprios usuários do plano.
A reunião também ratificou a intenção de manter uma agenda permanente de reuniões, com foco no diálogo e na transparência no trato dos assuntos de interesse dos trabalhadores. O próximo encontro ocorrerá em maio, em data a ser combinada entre as partes, quando várias observações que foram feitas nesta reunião poderão ser avaliadas, bem como a apresentação de novos dados para verificar a evolução dos indicadores de utilização do plano.
Da Redação
