Sindicato e bancários estão atentos à gestão do BRB

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Desde o início da gestão do presidente Paulo Henrique Bezerra e sua equipe – composta basicamente por empregados da Caixa, onde ele trabalhava desde 2001 -, as comparações ao que uma e outra instituição representam têm causado descontentamento nos funcionários do BRB, que construíram uma cultura e identidade próprias do banco ao longo dos seus quase 53 anos. Mesmo se tratando da grande instituição pública que é a Caixa e seu valoroso corpo funcional, essa atitude do atual gestor não é bem vista pelos trabalhadores do Banco de Brasília. 

Atento a esta situação, o Sindicato também tem observado, com bastante preocupação, o robusto aumento de custos sem serem apresentadas as vantagens ou perspectivas de retorno dos investimentos realizados.

Recentemente, o BRB anunciou a construção de uma “Sala VIP” exclusiva para seus clientes, porém não esclareceu qual será a origem dos recursos, seu custo mensal, como este projeto se viabilizará ao longo do tempo e o seu impacto sobre a carteira de clientes.

O BRB sempre argumentou que não poderia oferecer melhores remunerações a seus empregados por já possuir uma folha de pagamento robusta. Porém, de uma hora para outra, essa justificativa parece ter sido ignorada pois foi feita a contratação de mais de 15 consultores, a maioria com salários superiores a R$ 30 mil, e vindos de fora do banco.

Para a auditoria do Balanço de 2018, foram contratadas duas empresas especializadas ao custo de R$ 30 milhões e, até o momento, não foi divulgado nenhum resultado, e não há qualquer previsão oficial para que isso aconteça.

Também, recentemente, foi feita a transferência dos carros do banco que ficavam no Edifício Brasília para a garagem da Gedep. Antes, o estacionamento desse edifício era destinado apenas a carros de serviços e de diretores. Agora é utilizado pelos mesmos consultores contratados sem concurso e a peso de ouro. Por privilégio de um pequeno grupo, foi aumentado o custo com combustível e o trabalho do empregado ficou mais moroso, tendo de esperar o vaivém dos carros do banco.

Desde o início do ano, a impressão que se tem é de que o banco está com áreas e processos parados. Um exemplo é o processo seletivo para diretor anunciado como grande alarde, mas que até hoje não foi divulgado.

Assédio moral

Outra questão delicada refere-se ao aumento de denúncias de assédio moral a empregados que têm se dedicado a uma rotina de trabalho que, muitas vezes, entram noite adentro, além do crescimento significativo de absenteísmo, por problemas psicológicos.

Com o atual aumento das metas sem as ferramentas e condições necessárias, parece que o banco, de forma muito pragmática, quer resolver vários de seus problemas. Sem contar que, se não fosse o acordo de PLR já estar fechado, muitas agências ficariam sem receber o benefício por não atingir tais metas.

Diante disso, o Sindicato cobra clareza e transparência, não apenas para seus empregados, mas para toda a sociedade brasiliense, que é a verdadeira dona e responsável pela existência do Banco de Brasília.

Da Redação