Sindicato discute regulamentação do teletrabalho com a Cooperforte

0

Mais de um ano de pandemia do novo coronavírus e o Sindicato segue cobrando a regulamentação do trabalho remoto nas instituições financeiras, e, na Cooperforte, não seria diferente. A modalidade de trabalho, largamente adotada para evitar contaminações de trabalhadores pela covid-19, confere segurança jurídica para todos e garante o cuidado com a vida dos cooperativários. Durante reunião nesta quarta-feira (28), a entidade discutiu e reforçou a importância de um acordo coletivo específico sobre o tema para regulamentar a modalidade de trabalho.

Para os representantes dos trabalhadores, um acordo que permita o trabalho de forma híbrida também é uma hipótese considerada para a negociação. 

A Cooperforte informou que ainda está em fase de pesquisa de seus estudos sobre o tema, inclusive se devem ou não permanecer com algumas demandas de forma remota. Os representantes da cooperativa afirmaram que precisam avaliar todos os processos e detalhamentos de cada setor. Há um comitê de gestão de crise para tratar as demandas relacionadas à pandemia. 

“Enquanto a Cooperforte conclui seus estudos, o Sindicato fará uma linha de parâmetros essenciais, avaliando todas as vertentes possíveis para que em próxima reunião possam ser dialogadas de forma mais efetiva,” afirma Talita Régia, secretária de Cultura do Sindicato e diretora executiva do Ramo Financeiro da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito da Região Centro Norte (Fetec-CUT/CN). 

Secretário de Imprensa do Sindicato, Rafael Zanon destacou que “a pandemia reforçou a necessidade de se regulamentar o teletrabalho não apenas para evitar contaminação, mas por ser benéfico para o empregador e para os trabalhadores”.

Dentro da reivindicação da regulamentação do home office, o Sindicato cobrou a disponibilização de equipamentos; atenção à saúde mental e física, a partir da ergonomia; controle da jornada de trabalho, com respeito ao direito de desconexão do trabalhador; e o pagamento integral dos auxílios alimentação e refeição.

Papel das mulheres na pandemia

Por meio da secretária de Mulheres do Sindicato, Zezé Furtado, a entidade reforçou a necessidade de campanhas educativas para tratar da divisão das tarefas domésticas. “São as mulheres que mais sofrem nesse período de pandemia com o acúmulo de jornadas. Com o home office, é preciso que as demandas domésticas e de cuidado com os filhos sejam compartilhadas”, frisou Zezé.

A violência contra as mulheres também foi discutida no encontro virtual. Os representantes do Sindicato pediram que um canal de denúncias fosse criado para que as cooperativárias pudessem registrar denúncias de violência doméstica. Outras instituições financeiras já dispõem desse mecanismo depois de provocação do movimento sindical. 


Da Redação