Sindicato cobra da Caixa que apure denúncias de assédio moral

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Em ofício encaminhado à Superintendente Nacional de Responsabilidade Social, Empresarial e Relacionamento com Empregado (SURSE), Sueli Aparecida Mascarenhas, o Sindicato voltou a cobrar da Caixa Econômica Federal empenho na apuração das denúncias de assédio moral envolvendo gestor de unidade da Matriz I.

“Decorridos 30 dias da (…) reunião [realizada com o banco e que tratou do assunto] nada efetivamente mudou e muito menos tivemos um retorno por parte da empresa. Estamos cientes que o assunto foi objeto de denúncia no conselho de ética da Caixa e que o mesmo já foi levado inclusive ao conhecimento do superior imediato” do acusado de assédio, diz o ofício. “No entanto, o Sindicato continua recebendo denúncias contra aquele gestor”.

Para Romero de Carvalho, diretor do Sindicato e funcionário do banco, se a Caixa não tomar providências, não resta alternativa ao Sindicato senão denunciar a empresa ao Ministério Público do Trabalho.

O Sindicato aguarda o posicionamento do banco o mais rapidamente possível. As queixas de assédio moral foram feitas pelos bancários por meio do Projeto Saúde Sentinela, um sistema de coleta de dados disponível no site do Sindicato por meio do qual a categoria pode registrar ainda denúncias de assaltos a agências, comunicação sobre LER/Dort e conflitos no ambiente de trabalho, tudo no mais absoluto sigilo.
 
Internet

Apesar do esforço do Sindicato para reverter a decisão, a Caixa mantém inalterada a censura imposta aos funcionários sobre o uso da internet – com exceção para os cargos comissionados de natureza gerencial. Aos demais empregados, é autorizada apenas a consulta para os sites com final “.com” das entidades representativas.

“A Caixa insiste no desrespeito ao seu corpo funcional ao manter uma decisão que vai na contramão da lógica das outras empresas, seguindo por fora num mundo cada vez mais competitivo, onde o acesso a informações se tornou fator determinante o sucesso profissional”, afirma Wandeir Souza Severo, diretor do Sindicato e funcionário do banco.