Sindicato cobra contratação de mais funcionários para agência do Unibanco

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O diretor do Sindicato Washington Henrique conversa com cliente do banco sobre os motivos da paralisação. À esquerda, José Anílton, diretor da Federação Centro-Norte (Fetec/CN)

Em fevereiro, o Unibanco publicou seu balanço de 2007 com um lucro recorde de R$ 3,448 bilhões, o dobro do que ganhou em 2006. Mas por trás de todo esse dinheiro, e que o Unibanco não divulga e nem mostra nas propagandas, é o seu descaso no trato com os funcionários, que se reflete na piora a cada dia das já péssimas condições de trabalho.
   
O resultado é o que se vê, por exemplo, na agência Distrito Fe-deral, localizada no Setor Comercial Sul (SCS), que hoje conta apenas com quatro funcionários para fazer o serviço que antes era realizado por 12. Os outros oito bancários ou foram transferidos ou tiveram que se afastar por motivo de doença, acometidos pelas LER/Dort.     

"A carga de trabalho desses quatro bancários cresceu exponencialmente, de forma absurda. Estão submetidos a uma realidade desumana, trabalhando estressados, quando não doentes, com horário reduzido para almoço, às vezes de apenas 15 minutos para jornada de oito horas, isso quando conseguem almoçar", denuncia o diretor do Sindicato Washington Henrique.     

Paralisação

Em protesto contra o déficit de funcionários no Unibanco do SCS, o Sindicato paralisou em 28 de fevereiro, das 11h ao meio-dia, as atividades da agência (foto). Foi distribuída uma nota à população justificando os motivos do fechamento da unidade. Os clientes foram unânimes em apoiar a paralisação dos bancários. Vítimas diretas do descaso do Unibanco, os clientes já haviam formalizado reclamação junto ao banco sobre a falta de funcionários.

Após o fechamento da agência, a Diretoria de Relações Intersindicais do banco entrou em contato com Washington Henrique e pediu um prazo para resolver o problema. "Se, em um mês, o Unibanco não colocar mais funcionários na agência do SCS, o Sindicato continuará com as manifestações e paralisações, e também denunciará o caso à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (antiga DRT)", afirma Washington.

O Sindicato espera que a entrada de um novo diretor-geral do banco em Brasília melhore o atendimento das agências e que os problemas sejam resolvidos por aqui mesmo, sem a necessidade de interferência de diretores de São Paulo.