Sindicato atua e BRB suspende curso machista oferecido a gerentes

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Depois de ação do Sindicato, o BRB tirou do ar um curso de formação online destinado aos gerentes gerais e de negócios do banco. O machismo e a imposição de padrões de beleza expressos em um dos módulos, denominado “etiqueta comportamental”, chamou a atenção dos representantes dos trabalhadores e, por volta das 17h desta terça-feira (14), o curso já não estava disponível.

Esta semana, homens e mulheres que ocupam estas funções foram obrigados a fazer o curso. Dentre os assuntos tratados no módulo, estavam o uso obrigatório de maquiagem para as mulheres; depilação de sobrancelhas, buço, pernas e axilas; uso de perfume na “parte interna das coxas”; além de cuidados básicos, como tomar banho e escovar os dentes.

Para o bancário do BRB e secretário de Combate à Discriminação Edson Ivo um episódio desse tipo em pleno 2020 é uma surpresa ruim e ofensiva. “A publicação de um material com esse teor vai contra tudo ao que se propõe a atual gestão e mostra um descuido ímpar. Com esse episódio em mente, já entramos em contato com o banco para que haja uma discussão geral sobre a política de equidade, recebendo um aceno positivo”, destaca o bancário.

“O curso ofende sobremaneira as trabalhadoras, expondo-as a uma situação vexatória diante dos colegas de trabalho. O conteúdo do módulo em específico é completamente desnecessário. Outras instituições já possuem manuais de estilo em que a liberdade de escolha das trabalhadoras é respeitada”, afirma a secretária de Mulheres do Sindicato, Zezé Furtado.

O banco informou à entidade que irá reformular o conteúdo do curso antes de disponibilizar o acesso novamente.

Joanna Alves
Do Seeb Brasília