Sindicato assina CCT com Fenaban e acordos específicos com BB e Caixa

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O presidente do Sindicato, Eduardo Araújo (segundo da dir. para esq.) na assinatura dos acordos

O Sindicato assinou nesta quinta-feira 13 em São Paulo, junto com as entidades sindicais de todo o país, a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) 2016/2018 com a Fenaban e os acordos aditivos específicos com a Caixa Econômica Federal e com o Banco do Brasil, como resultado da maior e mais longa greve nacional da categoria em pelo menos 25 anos.

Os acordos específicos com o Banco da Amazônia e com o BRB serão assinados nesta sexta-feira 14, respectivamente em Belém e Brasília. Com o BNB a assinatura do acordo está marcada para a terça-feira 18 e com o Banpará na quarta-feira 19.

Nesta quinta, o BNB também assinou Termo de Ajuste Preliminar ao Acordo Coletivo do BNB com o Comando Nacional, em São Paulo, para garantir o pagamento do abono de R$ 3.500 e das diferenças salariais ainda nesta sexta-feira 14.

O Banpará e o Banco da Amazônia já pagaram a PLR e o abono de R$ 3.500.

Conquista da mobilização

“Essa campanha nacional dos bancários foi muito difícil e só teve êxito porque os bancários, independente de serem de bancos públicos ou privados, mostraram sua unidade e sua força de mobilização, fazendo uma greve histórica. Particularmente na nossa região, a Centro Norte, onde estão as sedes de dois bancos públicos federais e dois estaduais, estivemos muito unidos e fizemos a maior paralisação da nossa história“, afirmou José Avelino, presidente da Fetec-CUT/CN e integrante do Comando Nacional dos Bancários, logo após assinar os documentos, em cerimônia realizada no Hotel Maksoud Plaza, em São Paulo.

“Os bancários entraram unidos na greve e saíram dela mais unificados ainda. É essa a grande força dos bancários, que mais uma vez demonstraram que só a luta garante conquistas”, acrescentou Avelino.

Banco do Brasil deposita PLR e abono


Rafael Zanon, representante da Fetec-CUT/CN na Comissão de Empresa dos Funcionários do BB

O Comando Nacional cobrou da direção do BB na mesa de assinatura do acordo o pagamento da antecipação da PLR (o mesmo modelo semestral do ano passado) e do abono de R$ 3.500 ainda nesta quinta-feira 13. O banco disse que começará a fazer o pagamento nesta quinta. As diferenças dos salários e verbas retroativas a 1º de setembro serão pagas até a quinta-feira 20. E os auxílios até o final do mês.

Rafael Zanon, representante da Fetec-CUT/CN na Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil e diretor do Sindicato de Brasília, disse após a assinatura do acordo aditivo que “A categoria bancária mais uma vez deu uma demonstração da força da sua mobilização e unidade nacional. Foi a greve muito forte de 31 dias em todos os Estados, mesmo numa conjuntura muito difícil, que quebrou a intransigência dos bancos, que queriam impor um acordo rebaixado. E ainda garantimos todas as conquistas do ano passado”.  

Mesmo com o êxito da Campanha Nacional 2016 e com o acordo válido por dois anos, Zanon avalia que será necessário os bancários continuem mobilizados: “A assinatura dos acordos não encerra nossa luta. Além do embate permanente pelas nossas questões específicas, temos o grande desafio de manter a mobilização e a unidade para resistir aos ataques que se prenunciam tanto contra o funcionalismo do Banco do Brasil como contra a classe trabalhadora que estão na agenda do governo federal e do Congresso Nacional”.

Caixa paga no dia 20 


Wandeir Severo, que representa a Fetec-CUT/CN na Comissão Executiva dos Empregados da Caixa

A Caixa Econômica Federal depositará a PLR, o abono e as diferenças salariais na quinta-feira 20. 

“Foi uma greve longa e cansativa, que fez com que as negociações avançassem, porque no começo os bancos vieram com uma posição muito ruim, querendo retirar direitos conquistados com muita luta. Foi a força da mobilização da categoria que conquistou os avanços”, avaliou Wandeir Severo, representante da Fetec-CUT/CN na Comissão Executiva dos Empregados (CEE), após a assinatura do acordo aditivo.

“Importante ressaltar também que a PEC 241 já aprovada em primeiro turno na Câmara dos Deputados impede que os trabalhadores de empresas públicas tenham aumento real de salário e isso já conseguimos para 2017 com o acordo válido por dois anos”, acrescentou Wandeir. “Por isso foi uma greve histórica. E agora teremos mais tempo para mobilizar os empregados por temas importantes como saúde, condições de trabalho e segurança.” 

Itaú, Bradesco, Santander e HSBC 

Pela Convenção Coletiva, os bancos privados têm até o dia 24 para depositar o adiantamento da PLR e do abono.

Os bancários do Itaú também terão direito à PCR (Participação Complementar de Resultado), como garante o acordo bianual assinado em 2013, que receberão junto com a primeira parcela da PLR e o abono. Tudo será pago no dia 21. Já as diferenças referentes aos reajustes nos salários e vales virão no dia 27, quando o Itaú antecipará, ainda, o pagamento da 13ª cesta-alimentação. 

Os funcionários do HSBC receberão a mesma PLR do Bradesco. Para tanto, vão considerar para pagamento o período julho a dezembro de 2016, e não outubro a dezembro de 2016, quando passaria a contar a aquisição. Assim, o empregado receberá a PLR Bradesco, em pagamento proporcional, ou seja, metade da regra. O adiantamento será feito na mesma data que para os outros empregados do Bradesco e da seguinte forma: metade de 54% do salário mais metade do valor fixo da regra básica. 

O Santander paga no dia 20 a PLR, o abono de R$ 3.500 e as diferenças salariais. 

Bancários pagam menos IR sobre a PLR

Vale lembrar que os bancários têm uma tabela de tributação exclusiva de imposto de renda sobre a PLR, pela qual estão isentos os valores até R$ 6.677,55. A partir desse montante, a taxação é progressiva, mas os bancários continuam pagando menos imposto.

Pagamento do abono será feito em até dez dias

O acordo assinado com a Fenaban garante, além do reajuste de 8% para este ano, o pagamento de abono único de R$ 3.500. O valor será creditado em até dez dias. Para efeitos de imposto de renda, deverá ser somado ao salário do mês de outubro, para que o trabalhador saiba sobre que faixa incidirá a taxa do leão. Não há pagamento de INSS sobre o abono, que não poderá ser parcelado.

Da Redação com Fetec-CUT/CN