Provocada pelo Sindicato, a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE) do DF convocou a Caixa para audiência de conciliação na terça-feira 18 de novembro, tendo como assunto em pauta a realização de trabalho aos sábados.
Após ouvir as partes, a SRTE deu prazo até terça-feira 25 para que a empresa justifique a necessidade da convocação de empregados para realizar aos sábados a compensação dos dias não-trabalhados durante a greve da categoria.
O Sindicato caracterizou a medida adotada pela Caixa como afronta ao direito legítimo de greve garantido aos trabalhadores e informou que vem recebendo denúncias de empregados que afirmam estarem sendo coagidos a cumprirem com a compensação à revelia de sua condição e da real necessidade do serviço.
Foi formalizada também pelo Sindicato a denúncia de que a Caixa está obrigando os empregados a cancelarem férias ou assinarem termo autorizando o débito dos dias que não forem compensados.
Os representantes da empresa alegaram que a escolha do período de férias é prerrogativa do empregador, mas foram advertidos pelo representante da SRTE, que entende que tal prerrogativa de fato existe, mas não em qualquer circunstância. A interpretação dada pelo conciliador foi que, a partir do momento da marcação das férias, de comum acordo entre as partes, com o empregado tendo já conciliado interesses familiares e feito planejamento de viagem (como reservas de passagens e de hospedagem, entre outros detalhes), a quebra unilateral por parte do empregador caracteriza arbitrariedade e perseguição a quem exerceu o direito de greve.
