Evento abordou aspectos jurídicos que envolvem a organização do ramo dentro da realidade política e trabalhista dos dias atuais
A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) realizou na última quarta (20) e quinta-feira (21) o Seminário Nacional de Organização do Ramo Financeiro – Aspectos Jurídicos. Cerca de 100 participantes participaram do encontro, exclusivo aos dirigentes das federações e sindicatos que trabalham com o tema. Diretores do Sindicato de Brasília e da Fetec-CUT/CN estiveram presentes.
O evento reuniu técnicos e assessorias jurídicas para debater o cenário do ramo financeiro no momento, com a participação de lideranças sindicais da categoria bancária, como a presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira, a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Neiva Ribeiro, e a do Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro do Estado de Rondônia, Ivone Colombo, entre outros.
O economista do Dieese Gustavo Cavarzan apresentou o quadro atual do ramo financeiro; o dirigente da CUT Nacional Eduardo Guterra tratou da organização do movimento sindical como um todo, por ramos de atividades; Ivone Colombo trouxe detalhes do caso de Rondônia, onde o ramo financeiro tem alto índice de sindicalização; e o professor-doutor Marcello Rodrigues de Azevedo, aposentado do Banco do Brasil, traçou um panorama da luta da categoria bancária desde a Constituição Federal de 1988.
O assessor jurídico da Central Única dos Trabalhadores (CUT), José Eymard, tratou dos desafios da legislação brasileira para a organização do ramo financeiro. O advogado citou como referência a trajetória exitosa de organização da Contraf-CUT, que deve servir de exemplo para a missão da construção da representação do ramo financeiro. Também falaram o assessor jurídico da Contraf-CUT, Jefferson Oliveira, e a assessora jurídica do Seeb SP, Cynthia Valente, que abordou o tema da sindicalização parceira.
Para a secretária de Organização do Ramo Financeiro e Política Sindical da Contraf-CUT, Magaly Fagundes, “a organização do ramo financeiro passa por um processo amplo, que envolve diversas áreas. Neste momento, nossa atenção está voltada para os aspectos jurídicos da questão, para entendermos quais são os melhores caminhos que o movimento tem para avançar nesse tema”.
O secretário-geral do Sindicato dos Bancários de Brasília, Raimundo Dantas, considerou bastante positivo o debate. “Entendemos que essa questão envolve toda a categoria e é preciso que todos se engajem na luta pela regulamentação e pelo reconhecimento dos direitos desses trabalhadores pelos bancos, que os contratam como pessoas jurídicas, sem direitos trabalhistas”, ressaltou ele.
Para Ronaldo Lustosa, diretor de Organização do Ramo Financeiro do Sindicato, a regulamentação do trabalho do ramo financeiro é fundamental para combater a pejotização sem limites. “A Contraf e a Fetec estão no caminho certo ao pautar essa discussão, pois precisamos estar unidos para combater essa injustiça” afirmou o diretor.
Já a secretária de Organização do Ramo Financeiro da Fetec Centro Norte, Talita Régia, salientou que essa luta é de todos. “Junte-se a nós, porque a vitória dependerá da nossa organização”, convocou.
Da Redação
