Saúde Caixa: Banco cede e aceita proposta sobre cobrança dos atrasados

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Em reunião na última quinta-feira 16, a Caixa Econômica Federal acatou a proposta da Comissão Executiva dos Empregados e definiu os critérios para o pagamento das participações do Saúde Caixa não cobradas no período de março de 2005 a março de 2007 com base nos parâmetros definidos no 23º Conecef.

Pelos novos critérios, o pagamento poderá ser feito pelo bancário em até 24 vezes, sem juros, com opção pelo débito diretamente na folha, sendo que a primeira parcela só será cobrada em janeiro do ano que vem.
Os extratos com a utilização dos procedimentos médicos efetuados no período serão enviados a cada funcionário até o prazo de 20 de novembro. O valor mínimo de cada parcela ficou estipulado em R$ 30 e não poderá ultrapassar 10% da remuneração.

“Tínhamos a expectativa de resolver a questão das cobranças atrasadas antes da Campanha Nacional 2007 e a Caixa ter aceitado nossa proposta, com os parâmetros definidos no Conecef, foi muito importante”, avalia Jair Pedro Ferreira, diretor do Sindicato e membro da Comissão Executiva dos Empregados.

Cobranças

O movimento sindical apresentou também proposta para a constituição dos comitês de acompanhamento de credenciamento e descredenciamento dos profissionais, hospitais, clínicas e outras empresas do Saúde Caixa. Foi cobrada ainda a questão da extensão do Saúde Caixa para os que se aposentaram pelo PADV (planos de demissão voluntária ocorridos no passado). O banco não tem posição e vai estudar o caso.

Outra cobrança foi a implantação do plano chamado Caixa Família, que está em discussão há dois anos no GT Saúde e no Conselho de Usuários. O novo plano permitirá a inclusão de parentes não dependentes com utilização da rede do Saúde Caixa e preço de custo.

Foi discutido também o pro-blema das dívidas impagáveis do antigo PAMS (Plano de Assistência Médica Suplementar, que foi substituído pelo Saúde Caixa). Os representantes dos trabalhadores enfatizaram que a questão das dívidas do PAMS também tem que ser priorizada, pois se arrasta desde a negociação do Saúde Caixa, em dezembro de 2003.

Outra tema de discussão foram as ações antigas que existem contra o Saúde Caixa movidas pelas entidades sindicais na época de FHC, quando a empresa se recusava a negociar condições mais favoráveis. A Caixa fará levantamento das ações e da fase de tramitação em que cada uma delas está.

Os problemas com vale-transporte também foram discutidos. A Caixa está suspendendo pagamento do vale em muitas cidades que não têm transporte convencional, principalmente no interior, a exemplo do que ocorre na Bahia e na Paraíba. A proposta da Caixa é orientar as gerências locais a procurarem as prefeituras para que estas dêem uma declaração de que aquele é o único transporte disponível na cidade.