O banco Santander está aproveitando a onda de precarização do trabalho e de ataques aos direitos dos trabalhadores para avançar na sua estratégia de redução do quadro de funcionários e rebaixamento dos salários. Em 2019, já ocorreram mais de 1.200 demissões em todo o país e o alvo são sempre os funcionários mais antigos, que atingiram patamar salarial melhor.
“As demissões seguem em ritmo constante e em número sempre superior às contratações, de forma que o quadro de pessoal vai sendo sempre reduzido. As substituições, quando ocorrem, se dão com forte redução salarial”, diz a diretora do Sindicato Rosane Alaby.
Em Brasília, onde o banco tem ampliado o número de agências para atender a sua estratégia de negócios local, estão ocorrendo contratações, mas as demissões de funcionários antigos não param. “Essa prática tem um só propósito: aumentar os lucros já exorbitantes do banco à custa do desemprego, da precarização do trabalho, da redução salarial e do desgaste da saúde dos bancários. O Sindicato fará forte e permanente combate a esses abusos do Santander”, reforça Rosane.
Apetite ilimitado
A fome por lucro do Santander não tem limite. Depois de favorecido com a terceirização ilimitada e com a reforma trabalhista, o banco quer mais.
O Santander é o banco que mais exerce pressão sobre os parlamentares pela aprovação da Medida Provisória 905 do governo Bolsonaro, que prevê o aumento da jornada de trabalho dos bancários para 8h, sem qualquer ganho salarial, e permite a abertura de agências aos finais de semana, sem pagamento de horas extras, que seriam apenas compensadas com folgas em qualquer outro dia.
Sob pretexto de incentivar o emprego do jovem, a MP 905, que institui a chamada Carteira Verde e Amarela, faz praticamente uma nova reforma trabalhista, com cerca de 187 alterações na CLT e em outras legislações. O salário para contratação é de R$ 1.500, com redução da contribuição patronal do FGTS de 8% para 2%.
“Analisando o que significa essa MP para a categoria bancária, fica evidente os motivos que fazem do Santander o maior lobista a favor de sua aprovação. Ele quer aumentar a jornada e acabar com a folga remunerada aos finais de semana para reduzir ainda mais o seu quadro de pessoal, sem perda para as suas atividades e sem qualquer custo. E ainda incrementar a sua estratégia de substituição de mão-de-obra, com redução de pessoal e do nível salarial”, explica Jorge Kotani, diretor da Contraf-CUT.
Pressão pela derrubada da MP 905
O Sindicato convoca os bancários do Santander a se somarem à mobilização pela derrubada da MP 905. Além de participar das atividades nos locais de trabalho e de ações que envolvam o conjunto da categoria, os funcionários do banco podem contribuir com a luta dos trabalhadores exercendo pressão sobre os deputados e senadores para que rejeitem essa MP elaborada pelo governo em atendimento aos banqueiros. A orientação é para que enviem mensagens aos congressistas cobrando a derrubada dessa que já ficou conhecida como a MP dos absurdos.
Confira os meios de contatos com os parlamentares do Distrito Federal
BIA KICIS (PSL – DF)
Fone 3215-5309
dep.biakicis@camara.leg.br
facebook.com/biakicisoficial/
CELINA LEÃO (PP – DF)
Fone 3215-5260
dep.celinaleao@camara.leg.br
twitter.com/celinaleao
ERIKA KOKAY (PT – DF)
Fone 3215-5203
dep.erikakokay@camara.leg.br
facebook.com/ErikaKokay
twitter.com/erikakokay
FLÁVIA ARRUDA (PR – DF)
Fone 3215-5646
dep.flaviaarruda@camara.leg.br
facebook.com/FlaviaArrudaDF/
JULIO CESAR RIBEIRO (PRB – DF)
Fone 3215-5471
dep.juliocesarribeiro@camara.leg.br
facebook.com/depjuliocesarribeiro/
twitter.com/JulioCesarRib
LUIS MIRANDA (DEM – DF)
Fone 3215-5241
dep.luismiranda@camara.leg.br
facebook.com/LuisMirandaUSA/
twitter.com/LuisMirandaUSA1
PAULA BELMONTE (CIDADANIA – DF)
Fone 3215-5440
dep.paulabelmonte@camara.leg.br
facebook.com/paulabelmonteoficial/
twitter.com/paulambelmonte
PROFESSOR ISRAEL BATISTA (PV – DF)
Fone 3215-5854
dep.professorisraelbatista@camara.leg.br
facebook.com/profisrael/
twitter.com/ProfIsrael
Evando Peixoto
Colaboração para o Seeb Brasília
