O banco Itaú atendeu a reivindicação do Comando Nacional dos Bancários e da Comissão de Organização dos Empregados (COE) sobre o prazo para compensação do banco de horas dos funcionários que estão afastados do local de trabalho sem realizar o home office, incluindo aqueles que fazem parte dos grupos de risco, e dos que estão em esquema de rodízio. A compensação será feita em 12 meses, a partir de janeiro de 2021.
“Com isso, chegamos enfim a um consenso para o fechamento de um acordo, o que significa um alento nesse momento tão conturbado pelo qual estamos passando”, disse Washington Henrique, integrante da COE e diretor da Federação Centro Norte (Fetec-CUT/CN), lembrando que a proposta ainda precisa ser aprovada em assembleia (que será feita de forma virtual pelo Sindicato).
Na primeira reunião de negociação sobre o tema, o Itaú informou que existem atualmente 45 mil funcionários trabalhando em casa (home office) e 7 mil estão afastados sem atividade de home office. Isso representa 64% dos 81.691 empregados da holding, segundo dados do balanço social do banco de 2019. Além desses, outros 20 mil trabalham em esquema de rodízio.
Banco de horas
A COE explica que todos os dias de março e abril serão abonados. Somente os dias parados a partir de maio entrarão na contagem das horas. Com isso, cerca de um mês e meio não entra na contagem de horas. Além disso, o banco também aceitou conceder um desconto de 10% sobre o total de horas a serem compensadas. Se o trabalhador tiver 1.000 horas a compensar, terá que compensar apenas 900.
Em caso de demissão sem justa causa, as horas não compensadas não serão descontadas do valor que o trabalhador tiver a receber.
Outra conquista é que as horas trabalhadas aos sábados, domingos, feriados e horas noturnas serão contadas como horas extras.
A pedido do movimento sindical, os funcionários de 6 horas poderão ter 30 minutos de intervalo e não apenas 15, além da possibilidade de caixas e gerentes atuarem na Central de Atendimento por 6 horas. Nesses casos, quem é de 8 horas trabalha só 6 e não fica com horas em débito. O banco fornecerá treinamento e equipamento para o trabalho em home office.
Também entra no acordo
Os representantes dos trabalhadores também conseguiram que o banco registre no acordo todos os compromissos assumidos pela instituição financeira nas mesas de negociações, tanto na específica quanto na mesa da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), como a não demissão durante todo o período que perdurar a pandemia causada pelo novo coronavírus.
Da Redação com Contraf-CUT
