Relançada a Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Bancos Públicos

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Agenda Parlamentar da Contraf-CUT e Fenae, para reforçar a ação das entidades junto ao legislativo, também é lançada no Congresso

Entidades associativas e sindicais participaram, na manhã desta terça-feira (16), da recriação da Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Bancos Públicos e do lançamento da Agenda Legislativa da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) e de outras entidades sindicais do ramo financeiro.

“Muito importante a recriação da Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Bancos Públicos que, de forma institucional, poderá realizar conferências e audiências públicas envolvendo entes federativos, estaduais e municipais, assim como organizações da sociedade civil na perspectiva de produzir conteúdos que ajudem a direcionar as ações conjuntas na defesa e na manutenção dos bancos como entidades públicas de fomento ao desenvolvimento sustentável e inclusão social”, explicou o secretário de Relações do Trabalho e responsável da Contraf-CUT pelo acompanhamento da pauta legislativa de interesse dos trabalhadores no Congresso Nacional, Jeferson Meira, o Jefão.

Jefão apontou ainda que “a Frente é emblemática por sair da lógica de tentar destruir os bancos públicos. No governo Temer, por exemplo, este instrumento teve um papel fundamental para barrar o fatiamento da Caixa”. Jefão ainda perguntou: “o que seria do nosso país sem os bancos públicos?”

Presidente da CUT-DF, Rodrigo Rodrigues participou do evento destacando o papel social dos bancos públicos. “Os bancos públicos são pilares da reconstrução do país. Além de fortalecer os bancos, é fundamentalmente importante fortalecer os trabalhadores que sofrem com os assédios, escancarados no caso da Caixa”, comentou o dirigente.

“A Frente norteia parte da atuação das organizações dos trabalhadores dentro da Câmara na defesa dos bancos públicos. Sendo bem utilizados, eles desenvolvem políticas públicas para benefício da população brasileira”, conta o vice-presidente do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP), Rodrigo Britto, que é dirigente da Federação dos Bancários do Centro Norte (Fetec-CUT/CN).

Ao relembrar a Constituinte, quando foi apresentada uma proposta de estatização do sistema financeiro, Jacy Afonso disse que é preciso retomar a discussão dessa pauta. Para a gestão do governo Lula, o presidente do PT-DF e também dirigente da Fetec-CUT/CN questiona: “quais serão as políticas públicas dos bancos públicos”.

O presidente da Fenae, Sergio Takemoto, avaliou que a recriação da Frente é fundamental não apenas para aumentar a atuação das entidades sindicais junto aos parlamentares, para que entendam o papel dos bancos públicos no desenvolvimento do país, mas também para a manutenção dos direitos das trabalhadoras e dos trabalhadores bancários e do ramo financeiro. “Essa iniciativa é mais uma via de contato com deputados e senadores para promoção da Agenda Parlamentar da Contraf-CUT e da Fenae. É uma forma de mostrar ao Legislativo como as entidades sindicais e associativas atuam, assim como nosso papel político e social”, observou.

A Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Bancos Públicos é uma iniciativa da deputada Erika Kokay (PT-DF), mas é composta por deputados e senadores de diferentes partidos que entendem a importância e se propõem a articular estratégias para defender os bancos públicos de ataques dentro do Congresso Nacional. A parlamentar destacou, em diversos momentos, que “defender os bancos públicos é defender a soberania e o desenvolvimento do Brasil” e lembrou que os bancos públicos são instrumentos estratégicos para dinamizar a economia, a partir da concessão de crédito mais barato aos setores nos quais os bancos privados não têm interesse em atuar ou, quando atuam, com crédito a juros altos, drenando, desta forma, os recursos de famílias e empreendedores.  

Da Redação com Contraf-CUT