Presidente da CUT Brasília quer que Senado viabilize participação efetiva da sociedade no debate sobre reforma da Previdência

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Mais tempo de trabalho, redução do benefício e inviabilização da aposentadoria são algumas das consequências que cairão no colo dos contribuintes do INSS, caso a PEC da reforma da Previdência (6/2019) vire lei. Mesmo com tamanha importância e complexidade, a proposta vem sendo tocada com celeridade no Congresso Nacional. Em audiência pública da Comissão de Direitos Humanos e Participação Legislativa do Senado, nesta sexta-feira (23), o presidente da CUT Brasília, Rodrigo Britto, requereu que os senadores “viabilizem a participação efetiva da sociedade no debate sobre a reforma da Previdência”, antes de colocar o texto em votação.

A ideia do sindicalista é realizar audiências públicas nos estados explicando o ponto a ponto da reforma da Previdência e as drásticas consequências na vida de quem já aposentou ou ainda está no mercado de trabalho. “A matéria (PEC 6/2019) está sendo encaminhada à toque de caixa. E ela mexe com a vida e com o sonho das pessoas de, em sua melhor idade, ter dignidade, respeito e qualidade de vida”, avalia Britto.

Em sua reflexão durante a audiência pública, o presidente da CUT Brasília disse ainda que a reforma da Previdência foi pensada para “atender interesses dos banqueiros, que visam à previdência privada”, além de gerar caos econômico nos municípios brasileiros. “Em 56% dos municípios brasileiros, a expectativa de vida é inferior aos 65 anos. Não dá pra colocar como iguais os diferentes. Outra questão é que em vários municípios, o que faz a economia girar são justamente as aposentadorias.” Entre outras questões, a proposta de Bolsonaro impõe uma idade mínima para aposentar de 62 anos para mulheres e 65 anos para homens, além do tempo mínimo de contribuição de 15 anos para mulheres e 20 anos para homens, isso para trabalhadores do regime geral. Servidores públicos terão que contribui, no mínimo, por 25 anos, independente de gênero.

“Precisamos mostrar para o povo que as propostas do governo Bolsonaro não estão aí para agregar valor, qualidade de vida e dignidade. Ao contrário, elas acabam com a esperança e com o sonho de um país melhor, uma sociedade onde haja respeito e dignidade”, disse o presidente da CUT Brasília, Rodrigo Britto.

Vários outros colaboradores participaram da audiência pública sobre a reforma da Previdência, realizada pela CDH do Senado. Disponibilizaremos a íntegra dos discursos em breve.

Fonte: CUT Brasília