Plenária aponta crueldades do PDV do Itaú. Sindicato critica irresponsabilidade do banco e reforça orientação das assessorias

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O Itaú busca se esquivar da responsabilidade ao propor Programa de Desligamento Voluntário (PDV) para funcionários com estabilidade provisória decorrente de afastamento por motivo de saúde, preponderantemente. Este foi o diagnóstico central da plenária realizada pelo Sindicato na noite do último dia 23, em ambiente virtual, com expressiva participação de bancários e bancárias. 

Além desse diagnóstico, a plenária destacou outro ponto, que foi a crítica à insensibilidade e irresponsabilidade do banco. “O Itaú busca nesses expedientes falsear a dura realidade e esconder do mercado, os stakeholders, a irresponsabilidade socioambiental traduzida nos quadros de adoecimento e aposentadorias por invalidez decorrentes da prática de gestão por resultados a qualquer custo”, critica o presidente do Sindicato, Kleytton Morais. 

Ao Sindicato cabe assessorar e instruir o trabalhador na perspectiva da preservação do direito, sem desrespeitar a decisão, que é de foro íntimo. 

As discussões se deram a partir de avaliações jurídicas dos advogados Fernando Hirsch (trabalhista) e Betânia Hoyos (saúde do trabalhador), que prestam assessoria ao Sindicato. 

Além da presença do presidente do Sindicato, Kleytton Morais, que ressaltou o papel da entidade na defesa do emprego e dos direitos dos trabalhadores, a plenária oportunizou esclarecimentos aos bancários a partir das intervenções e alertas dos dirigentes sindicais funcionários do Itaú: Conceição Costa, Edmilson Lacerda, Sandro Oliveira e Washington Henrique. Também contou com contribuição da diretora de Assuntos Jurídicos do Sindicato, Marianna Coelho. 

A caracterização de PDV como cruel e injusto esteve presente nas intervenções dos dirigentes sindicais.

“Esse PDV é, essencialmente, covarde. O Itaú está descartando os trabalhadores adoecidos e os que se dedicaram ao banco por longos anos, submetidos a metas abusivas, a assédio moral e a toda sorte de desrespeito aos seus direitos”, frisa Washington Henrique.

“O Itaú trata como seres descartáveis funcionários que sempre atuaram com profissionalismo, produzindo resultados expressivos a cada ano”, reforça Conceição Costa.  

Ato de gestão

O advogado trabalhista Fernando Hirsch lembra que o anúncio do PDV foi um ato de gestão do banco, sem qualquer interlocução com os funcionários e suas representações. E destaca também que se trata de procedimento de caráter irrevogável, ou seja, uma vez feita a opção pelo funcionário, não haverá mais possibilidade de anulação.

No entanto, segundo o assessor jurídico, o banco só pode negar pedido de adesão se os requisitos não forem atendidos. 

O período estabelecido pelo Itaú para adesão ao PDV começa no dia 31 de março e vai até 29 de abril.

Orientação

O Sindicato coloca suas assessorias jurídicas nas áreas trabalhista e previdenciária à inteira disposição dos funcionários do Itaú e orienta os que estão avaliando a possibilidade de aderir ao PDV a agendarem assessoramento presencial ligando para as secretarias de Assuntos Jurídicos e de Saúde. O atendimento é ilimitado, conforme a necessidade de cada bancário e cada bancária que esteja diante do dilema da tomada de decisão. Entre em contato pelos números (61) 99801-1141 (Saúde) e (61) 99603-2833. 

Os diretores do Sindicato e da Fetec-CUT/CN se colocam também à total disposição dos trabalhadores do Itaú para esclarecimentos, avaliações e apoio.

Nova live reforça esclarecimentos sobre o PDV

Para reforçar os esclarecimentos sobre o PDV, a LBS, que presta assessoria jurídica ao Sindicato, realiza live nesta quarta-feira (30), às 19h, pela plataforma Zoom, com o advogado Fernando Hirsch. Inscrições podem ser feitas pelo link: https://materiais.lbs.adv.br/evento-pdv-do-itau.

Da Redação