O tempo esgotou, Santander! Nossa saúde merece respeito

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“O tratamento do meu filho autista era feito
em uma clínica credenciada pela SulAmérica,
que não me cobrava coparticipação. Com a
mudança tive que contratar um plano por fora
para ele, para não interromper as terapias. Pela
coparticipação da Unimed eu teria que pagar
mais de mil reais por mês, o que é um absurdo!”

“O plano de saúde Unimed não
atende bem. Minha esposa ficou
grávida e teve um sangramento e
perdeu o bebê, porque fomos no
hospital e não tinha cobertura.”

“Essa mudança de plano prejudicou muito.
Hospitais, clínicas, laboratórios, médicos
que nos acompanhavam há tempos, não
aceitam. Não tem reembolso de consulta.
O médico ginecologista que fez meu
parto não atende, a pediatra do meu filho
não aceita, clínica dermatológica e o
endocrinologista também não. Está difícil.”

“Não consigo atendimento
em lugar nenhum, tenho
vários problemas de saúde,
fazia acompanhamento pelo
plano anterior e agora tô
com dificuldade financeira
também, porque tenho que
pagar por fora.”

Os depoimentos que ilustram esta matéria foram apenas alguns dos mais de 250 relatos que recolhemos dos trabalhadores e trabalhadoras do Santander na última pesquisa realizada pelo Sindicato sobre a mudança do plano de saúde da SulAmérica para Unimed, promovida pelo banco no início do ano de 2023.

O Sindicato já sabia!

Não foi por falta de aviso! Desde janeiro de 2023, o Sindicato procura dialogar sobre a troca de plano, anunciada sem negociação com os empregados. Ainda antes da mudança, em 1º de fevereiro de 2023, o Sindicato realizou a primeira pesquisa sobre o tema, e 89% já manifestavam sua insatisfação, já que era do conhecimento de todos que a cobertura dessa empresa era muito ruim no Distrito Federal.

Levamos esse resultado ao banco, que solicitou um prazo para que os bancários conhecessem o “plano especial” que a Unimed teria preparado para o Santander em Brasília. Em dois de março de 2023, o Sindicato, após receber centenas de reclamações, realizou nova pesquisa de satisfação e 84% disseram que o plano não atendia às suas necessidades. O resultado foi levado para a mesa de negociação e o banco mais uma vez disse que “ia ver o que estava acontecendo”, mas nada foi feito. Em 11 de novembro, nova pesquisa constatou que 88,18% consideram que o plano Unimed não atende à saúde do bancário do Santander no DF.

Enfim, passado mais de um ano, o que era para ser “especial” ficou ainda pior, com mais clínicas e profissionais se descredenciando. A discriminação é flagrante porque em estados como São Paulo o Santander mantém o plano SulAmérica e aqui nos submete a um plano que não nos atende.

Por isso, o Sindicato está mobilizando a categoria neste momento e denunciando à sociedade o descaso do banco com nossa reivindicação.

Não aceitaremos mais enrolação!

O direito a um plano de saúde que atenda às nossas necessidades está previsto em nossa CCT (Convenção Coletiva de Trabalho) e não abrimos mão!