A conta não fecha e Niara sabe bem disso. Esta semana, a mascote da campanha Tributar os Super-Ricos demonstra a incoerência do governo Bolsonaro quando veta a Lei Paulo Gustavo por “contrariar o interesse público”, mas reserva bilhões para parlamentares da sua base no orçamento secreto. Se houvesse justiça fiscal no Brasil, onde os ricos pagariam impostos proporcionais às suas riquezas, o montante para socorrer os trabalhadores da cultura, estipulado em R$ 3,86 bilhões, poderia ser muito maior.
Diferente do que prometeu em campanha, Bolsonaro não isentou de Imposto de Renda os brasileiros e brasileiras que ganham até cinco salários mínimos. A estimativa é que mais de 15 milhões entrariam nesta faixa salarial de isenção caso a tabela fosse atualizada. Entretanto, os contribuintes com altas rendas seguem tendo a maior parte dos seus rendimentos livres do Imposto de Renda.
Taxar grandes fortunas ao invés de esconder o destino do dinheiro público pode ser uma das soluções para socorrer a população fortemente impactada com a pandemia do novo coronavírus.
Da Redação
