Niara indignada com a CPI do MST: quem sacia a fome do país?

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A mascote da campanha Tributar os Super-Ricos, Niara, manifesta indignação com a CPI do MST instalada na Câmara Federal, que coloca o movimento dos trabalhadores rurais “na mira dos grandes latifundiários grileiros, que invadem terras indígenas e terras públicas”.

Algumas perguntas estão sendo lançadas no debate com a sociedade e com seus representantes no Congresso: quem cultiva os alimentos que saciam a fome do país? Quem produz alimentos saudáveis para a população?

Não é o Agro. São os agricultores familiares, entre os quais os assentados do MST, os maiores produtores de arroz orgânico da América Latina, respondem as entidades que integram a campanha por justiça tributária e social.

“O Agro tem crédito à vontade e a juros baixos, não paga tributos, não distribui alimentos… Aliás, exporta quase tudo que colhe”, enfatiza Niara.

Em quase 40 anos de existência do MST, foram assentadas mais de 450 mil famílias, que se dedicam à produção de alimentos de forma cooperada em 1.900 associações, 120 agroindústrias e 160 cooperativas.

Mas quem recebe financiamento grosso e generoso é o Agro. De janeiro a abril, foram liberados R$ 78,9 bilhões de crédito rural, 9% a mais que o mesmo período do ano passado.

“E parte do agro, que invade, se apropria, degrada e envenena as terras e os rios segue se beneficiando de dinheiro público”, denunciam as entidades da campanha Tributar os Super-Ricos. E indagam: “De que lado você está?”.

Conheça a campanha:

Da Redação