Negociação já garantiu aos financiários reposição da inflação e ultratividade da CCT

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Os financiários já têm garantida a reposição da inflação em seus salários e todas as cláusulas econômicas. Na segunda rodada de negociação, realizada na terça-feira 12, entre a federação patronal e representantes dos empregados, o reajuste de 1,76% pelo INPC foi garantido. Nas próximas rodadas será debatido o aumento real para salários e demais verbas. Os trabalhadores querem a reposição total do INPC mais 5% em razão dos altos resultados das financeiras no primeiro semestre.
 
Também foi debatida uma nova cláusula para a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) para abranger os trabalhadores que concedem créditos nos finais de semana em lojas e concessionárias. Segundo os representantes patronais, são 54 as empresas que têm financeiras e seriam abrangidas. Segundo o diretor da Fetec-CUT/CN José Pacheco, “todos os trabalhadores que lidam em sua rotina de trabalho com numerário têm que ser enquadrados como bancário”.
 
A mesa também debateu ajustes na cláusula da Participação nos Lucros e Resultados, para contemplar questões fiscais, de forma a abranger o exercício do ano. Não haverá impactos nos valores a serem pagos aos trabalhadores.
 
Ficou acertado, ainda, o compromisso de manter as regras da convenção anterior durante a negociação, sem nenhum prejuízo aos trabalhadores.

“O momento em que vivemos é muito delicado, pois querem apenas retirar direitos dos trabalhadores. Nossa missão é garantir nossos direitos por meio da Convenção Coletiva de Trabalho. Vamos também maximizar nossa fiscalização nos locais de trabalho para garantir que todos tenham acesso a condições laborais dignas”, afirma a diretora da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Centro Norte (Fetec-CUT/CN) Talita Régia.

 
Em função dos jogos da Copa do Mundo, a próxima rodada de negociação será realizada na primeira semana de julho.

Da Redação com Contraf-CUT