Nas ruas de mais de 200 cidades, brasileiros exigem impeachment de Bolsonaro

Milhares de brasileiros e brasileiras foram às ruas em mais de 200 cidades de norte a sul do país, pelo Fora Bolsonaro e defender a democracia

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“Fora Bolsonaro”! Este foi o grito de milhares de brasileiros e brasileiras em mais de 200 cidades do Brasil e do exterior neste Sete de Setembro, Dia da Independência.

São pessoas que não aguentam mais o desgoverno de Jair Bolsonaro (ex-PSL), um negacionista em relação à pandemia, sem rumo na economia, que faz de ataques às instituições democráticas, aos trabalhadores, às minorias e à cultura, o seu modo de governar.

A maioria da população quer impeachment já porque a fome, o desemprego, a miséria não podem esperar as eleições de 2022.

Temendo perder as eleições como demonstram os institutos de pesquisas, e ainda ser preso por causa dos ataques antidemocráticos que faz, ele incentiva seus seguidores a protestar.

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Mas a reação contrária veio no mesmo dia com milhares de pessoas nas ruas, se unindo ao Grito dos Excluídos que ocorre todos os anos. No período da manhã, os atos pelo ‘Fora, Bolsonaro’ ocorreram em todas as regiões do país, tanto nas capitais como em cidades do interior.

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Confira como foram os atos por “Fora, Bolsonaro”:

Em Brasília, a mobilização reuniu militantes de diversas frentes, trabalhadores, servidores públicos, estudantes, sindicatos, entre os quais o Sindicato dos Bancários, na Torre de TV, no centro da capital. Também houve arrecadação de alimentos, que foram doados ao acampamento indígena e outras comunidades em situação de vulnerabilidade. 

Na capital do Paraná, Curitiba,  centenas de pessoas compareceram ao ato #7SForaBolsonaro,, na Praça Santos Andrade, no Centro da cidade. 

JC Carignano

JC Carignano

O Grito dos Excluídos no Rio de Janeiro foi forte e alegre. Foi determinado e cheio de esperança. O Brasil não merece um governo assassino. A  população defendeu direitos, mais livros e menos armas; querem feijão no prato e não fuzis apontados, querem democracia e não ditadura. 

O presidente da CUT-RJ, Sandro Cezar, afirmou que é preciso que o povo brasileiro vá às ruas “para defender as empresas públicas, as escolas, as universidades e o serviço público para todos e todas, para termos mais trabalho, mais renda e educação para o povo. É isso que nós temos defender,  defender a democracia”, afirmou o dirigente.

Em Goiânia, capital de Goiás, o povo aderiu ao 27º Grito dos Excluídos e saiu em passeata pelas ruas da cidade, pela democracia, por emprego, renda, contra a fome e pelo ‘fora, Bolsonaro’.

Johnson Araújo

Em Campo Grande,  Mato Grosso do Sul, o presidente da FETEMS, Professor Jaime Teixeira e Direção participaram do Grito dos Excluídos, em defesa da democracia e pelo ‘Fora, Bolsonaro’.

“O grito é sempre atual no sentido de questionar todas as mazelas existentes na sociedade. Assim, dizemos que precisamos lutar pela vida e pela vida, com dignidade. Além de questionar os padrões de independência do povo brasileiro, a manifestação busca uma reflexão sobre um Brasil que deve ser mais justo e com oportunidades para todos e todas”, disse o dirigente.

Andréia Cercarioli

O 27º Grito dos Excluídos e Excluídas em Porto Velho, capital de Rondônia foi por melhores condições de trabalho, de vida, de comida no prato do povo, vacina no braço e Fora Bolsonaro.

Coletivo de Comunicação do MAB

Debaixo de chuva, no Largo da Alfândega, em Florianópolis, capital de Santa Catarina, a presidenta da CUT-SC, Anna Julia Rodrigues, lembrou que a luta, além do impeachment de Bolsonaro, é por saúde, educação, por moradia e contra a carestia.

“Precisamos unir ainda mais a nossa luta para derrotar esse governo. E o grito dos excluídos é em defesa do povo originários, em defesa de 15 milhões de desempregados, é por mais emprego, por saúde, por renda e a defesa da nossa democracia. Aqui não tem ninguém pago para fazer manifestação, quem está  aqui é porque luta pela Nação e, por isso nós gritamos ‘fora, Bolsonaro, genocida”.

Priscila Baade/ CUT-SC

A chuva engrossou, mas o povo não arredou o pé das ruas para gritar #ForaBolsonaro. Com guarda-chuvas, capas de chuvas e o cuidado de cada manifestante em levar máscaras extras para trocar sempre que ficassem molhadas, mais de duas mil pessoas se concentraram no Largo da Alfândega no início da tarde para pedir o fim do governo genocida, mais empregos, comida no prato e em defesa dos serviços públicos. Quando o tempo piorou, os manifestantes foram até o Terminal Cidade para ficarem cobertas.  

Priscila Baade

Ainda em Santa Catarina, na cidade de Jaraguá do Sul, um ato simbólico marcou o 7 de setembro. Lideranças da Frente Fora Bolsonaro colocaram cartazes, faixas, bandeiras e até uma conta de luz, na Praça França Vosgerau.

Francisco Assis Rocha

O Parque da Cidade, em Joinville (SC), virou palco para um ato político-cultural neste 7 de setembro. Com apresentações culturais e falas de lideranças da CUT, demais centrais, movimentos sociais e partidos políticos de esquerda, a mobilização pediu o fim do governo genocida e contra o desemprego, a fome e a violência, além da alta no preço dos alimentos, gás de cozinha, combustíveis e aluguéis.

Pedro Mendes

Em Fortaleza, Ceará, a concentração começou por volta das 15h, na Praça da Cruz Grande, já com um grande número de pessoas dispostas a lutar pela democracia e por um país melhor e mais justo, com emprego decente, renda, combate a fome e a miséria. E isso, acreditam todos, só com Bolsonaro fora. 

Thainá Duete/CUT-CE

O presidente da CUT Ceará, Wil Pereira, fez um balanço do #7SForaBolsonaro em Fortaleza. De acordo com o dirigente, cerca de 10 mil pessoas foram às ruas neste feriado de 7 de setembro para reivindicar vacina para todas e todos, emprego, comida no prato e o impeachment de Jair Bolsonaro (ex-PSL).

Thainá Duete

O Grito dos excluídos deste 07 de Setembro, em Belém do Pará, marcou os 27 anos de lutas, denúncias em defesa dos trabalhadores e trabalhadoras, negros, negras e índios e índias, pobres, aos famintos e aos atingidos por todos os tipos de injustiças, desigualdades, exclusões e flagelos, vindos de um sistema econômico, político e social que explora, degrada e mata os segmentos mais humildes e vulneráveis da sociedade em nome do lucro pelo amor ao lucro.

Glauber Sávio Silva

Em Manaus, Amazonas, o ato do Grito dos Excluídos e pelo Fora Bolsonaro, foi na Avenida  Lourenço da Silva Braga Centro (Largo do Mestre Chico).

Na capital de Sergipe, Aracaju, a caminhada  começou no Bairro Santa Maria e renuiu cerca de dois mil manifestantes pelo ‘Fora, Bolsonaro’, em mais um ato de peso em uma cidade nordestina, região onde a maioria da população rejeita este desgoverno. 

Iracema Corso / CUT SE 

Em São Paulo, no Anhangabaú, no centro antigo da capital paulista, durante a concentração pelo ‘Fora, Bolsonaro’, houve doação de 10 toneladas de alimentos orgânicos feitos pela CUT-SP, MST e sindicatos da agricultura familiar. Confira:  

Ainda em São Paulo, a Pastoral do Povo de Rua se uniu ao Grito dos Excluídos , na Praça da Sé, pedindo saúde,moradia, comida e renda.

No interior de São Paulo, em Sorocaba, os manifestantes, em sua maioria jovens, foram pedir vacina no braço, comida no prato e fora Bolsonaro.

Nas redes sociais, o Fora Bolsonaro foi o tema mais comentado do dia no Twitter, no Brasil e no mundo ficou em segundo lugar.

Reprodução

Da Redação com CUT Brasil e CUTs estaduais