Na corrida pela vacina, categoria realiza assembleia nesta quarta (23) e delibera sobre proposta de greve

Reunião de delegados sindicais, plenárias, lives e visitas aos locais de trabalho reforçam mobilização

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Para participar da assembleia será necessário fazer a inscrição no link abaixo. Ao finalizar a inscrição, o bancário receberá no e-mail indicado o link para participação na assembleia:

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A direção do Sindicato, reunida na tarde desta segunda-feira (21), diante dos entraves, atropelos e ausências de retornos formais dos bancos à entidade, deliberou a respeito de propostas de mobilização da categoria com vistas a assegurar por parte das instituições financeiras o repasse imediato das informações necessárias à elaboração de listagem para vacinação da categoria a ser apresentada à Secretaria de Saúde do DF.

“Após percorrermos inúmeras etapas na luta pela proteção da categoria, no último dia 10 em agenda com o Governador Ibaneis Rocha, conseguimos retirar do governo o compromisso com a priorização da categoria na vacinação contra a Covid–19 no DF. A decisão, há muito esperada, na verdade – é uma justiça com a categoria bancária que está, desde o início da pandemia, como categoria essencial, na linha de frente do atendimento à população, mitigando os efeitos econômicos da Covid”, explica o presidente do Sindicato, Kleytton Morais. “Por tudo isso, imaginávamos que teríamos a compreensão de todos os bancos no envio imediato e urgente das informações necessárias para dar consequência à vacinação dos bancários. Infelizmente não é o que ocorre”, lamenta Kleytton.

No último dia 15 o Sindicato oficiou os bancos formalizando a solicitação das informações necessárias à elaboração do Plano Operacional de Vacinação dos bancários (veja fac-símile acima). Solicitamos que as informações dos funcionários e demais prestadores (vigilantes, copeiros, pessoal da limpeza) todos aqueles que atuam nessas unidades da empresa, fossem repassadas ao Sindicato para inclusão na lista prioritária de vacinação contra a Covid–19 no Distrito Federal.

Dando sequência, a direção do Sindicato reuniu-se com a Secretaria de Saúde do GDF no dia 17 e iniciou os entendimentos de organização e consecução do plano operacional para vacinar a categoria, o mais breve possível. Na ocasião, ficou estabelecido, segundo o GDF, que as listas com os dados cadastrais dos beneficiados são de responsabilidade das entidades representativas reconhecidas pela Secretaria, no caso dos bancários, o Sindicato. E destacou que todo relacionamento nesse sentido se daria diretamente entre a Secretaria de Saúde e o Sindicato.

Qual o interesse dos Bancos e Fenaban em dificultar as tratativas já adiantadas?

O Sindicato foi surpreendido na tarde dessa sexta-feira (18), ao tomar conhecimento da movimentação da FENABAN junto a Secretaria de Saúde do DF. “Chegou-nos a informação de que os bancos, a partir da sua representação, buscaram o GDF para estabelecer entendimento em relação à vacinação da categoria à revelia de quaisquer contato com o Sindicato”, indigna-se o presidente do Sindicato e dispara “nossa atuação junto aos bancos sempre foi pautada pela boa fé, ética e princípios assumidos na mesa de negociação e esperávamos o mesmo dos banqueiros. Quero deixar claro, claríssimo que buscamos construir esse processo junto aos bancos, tanto é que convidamos para nos acompanhar na audiência com o Governador e depois junto à secretaria de Saúde, mas em ambas eles preferiram não comparecer, argumentando a tempestividade das agendas”, contextualiza Kleytton.

O que o Sindicato sempre buscou ao longo de toda pandemia é a proteção da saúde e das vidas dos trabalhadores bancários, terceirizados, clientes e usuários. “Em vários momentos precisamos atuar nas agências e departamentos por que os bancos negligenciando os protocolos, tentavam colocar o negócio, o resultado financeiro acima da vida e saúde dos trabalhadores”, diz Kleytton. “Nesses episódios, o Sindicato agiu decisivamente e fechou agências, realizou atos em protesto às tentativas dos bancos não testarem ou isolarem aqueles trabalhadores que tiveram contato com suspeitos ou confirmados pela Covid–19. Denunciamos os absurdos das metas e da obrigação de visitas externas, tudo para proteger a saúde e vida dos colegas”.

Agora que nos aproximamos da vacinação da categoria, deparamos com esses absurdos. Pior, reiterado desrespeito e falta de compromisso com as entidades representativas dos trabalhadores. “A Fenaban, a partir do seu negociador, comprometeu-se com a coordenação do Comando Nacional dos Bancários que enviaria ao Sindicato dos Bancários de Brasília a listagem solicitada ainda nesta semana. Também, na sexta-feira (18), o presidente do Sindicato dos Bancários de Brasília, Kleytton Morais, em conversa com o representante da Fenaban, estranhou e criticou a postura adotada pelos bancos, ficando acertado que nesta segunda-feira buscariam entendimento para a questão, o que também não ocorreu.

Notificação extrajudicial, porque nossa luta urgente é por vacina já no braço dos bancários

Nesta segunda-feira (21) o Sindicato notificou extrajudicialmente o Banco do Brasil, a Caixa Econômica, o Santander, o Itaú e o Bradesco por não ter recebido dessas instituições nenhuma resposta até o momento, estando a Secretaria de Saúde no aguardo das informações necessárias e indispensáveis à vacinação dos bancários.

“Na notificação, destacamos a responsabilidade civil e criminal decorrente da recusa ou demora injustificável em caso de tamanha gravidade, reafirmando que o repasse das informações para o Sindicato não configura violação de espécie alguma à Lei Geral de Proteção de Dados, que expressamente autoriza, em seu artigo 11, o fornecimento dos dados ora solicitados. Ademais, reforçamos que, além de prática consolidada e prevista na própria página da Secretaria de Saúde do GDF, o repasse das listagens pelo Sindicato dos Bancários de Brasília possibilita controle social necessário, diante do quadro posto, para que a defesa da vida, a começar pelos que estão super expostos ao longo da pandemia na atuação e atendimento ao público, seja o objetivo a orientar o Plano Operacional de Vacinação, e não o interesse nos lucros e resultados”, conclui Kleytton Morais.

Kleytton destaca que há algumas exceções. “Diferentemente dos bancões nacionais que deveriam dar o bom exemplo, outras instituições, alguns bancos – respeitando a urgência da situação – encaminharam informações para o Sindicato organizar e entregar a listagem”.

Calendário de mobilização e luta da categoria

Visitas aos locais de trabalho, com previsão de retardamento de abertura, interrupção parcial de atendimento em protesto ao desrespeito e postura dos bancos estão previstas para os próximos dias. Além disso, a diretoria do Sindicato realizará reunião com os delegados sindicais nesta terça-feira (22), às 19h.

Na quarta (23), às 19h, o Sindicato delibera, em assembleia geral, indicativo de greve, por tempo indeterminado, a partir de segunda-feira, (28). Plenárias e lives intensificarão a mobilização da categoria. Todos os eventos serão realizados de forma remota.

“Convocamos cada uma e cada um dos colegas a participar e se inteirar da discussão. O Sindicato buscará a partir dos canais de comunicação e a partir dos dirigentes e funcionários esclarecer e orientar os próximos passos. É fundamental que os colegas fomentem entre si e faça chegar o máximo de informações dispostas pelo Sindicato. Exigimos respeito à vida dos bancários, e também que respeitem a dor dos familiares de colegas bancários que partiram em decorrência da Covid–19. Banqueiros, exigimos respeito. A vida está acima do lucro!”, finaliza Kleytton.

Da Redação