Movimento sindical debate importância dos bancos públicos

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O Comando Nacional dos Bancários realizou nesta quinta-feira (30) uma oficina sobre a importância dos bancos públicos para o desenvolvimento socioeconômico do país, na sede da Contraf-CUT, em São Paulo. Pela manhã, o tema foi abordado pelo economista e professor Luiz Gonzaga Belluzzo. 

O economista alertou que o governo e os meios de comunicação prejudicam a imagem dos bancos públicos dizendo que eles não são eficientes. “Na verdade, os bancos privados querem se apropriar dos bancos e fundos públicos para ampliar ainda mais sua capacidade de obter lucros.” 

Beluzzo destacou que “é fundamental ampliarmos o debate sobre os bancos públicos para a sociedade. Mostrar a importância e a eficiência que eles têm para a implantação de políticas sociais e a contribuição que dão para o desenvolvimento econômico e social do país. Essa é uma argumentação que as pessoas conseguem entender”. 

E concluiu: “E não se trata de uma defesa corporativa. Mas, de uma questão central para que a economia do país consiga se recuperar. O mundo todo está vendo que não há nenhuma possibilidade de inclusão sem as empresas e os bancos públicos”. 

Grupos de Trabalho 

A oficina em defesa dos bancos públicos prosseguiu à tarde, quando foram realizados grupos de trabalho para debater o tema. Além dos membros do Comando Nacional dos Bancários, participaram da atividade dirigentes da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) e do Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa). 

Os participantes do seminário foram divididos em três grupos, com a tarefa de apresentar sugestões de ações conjuntas em defesa dos bancos públicos. Eles definiram que é essencial e urgente ampliar o debate e as ações por todo o Brasil, como as audiências públicas que já aconteceram nos últimos meses, para mostrar para todos os brasileiros que os bancos públicos são indispensáveis para o desenvolvimento do Brasil. E não será permitido a sua privatização. 

Ampliação das estratégias 

Representando o Sindicato na mesa do seminário, o diretor Kleytton Morais defende que sem os bancos públicos não é possível pensar um país com economia forte e socialmente mais justo. “Não é de hoje que empunhamos a bandeira defendendo que os bancos estatais cumprem com a tarefa de levar desenvolvimento a regiões que os bancos privados sempre ignoraram. Esse papel social é mais do que fundamental se quisermos pensar numa ideia de país com o mínimo de justiça social”. 

Para Fabiana Uehara, diretora do Sindicato e da Contraf, fazer a oficina foi fundamental “porque necessitamos ampliar as estratégias para conscientizar não só os bancários mas toda a sociedade da importância das empresas e bancos públicos. Debatendo coletivamente tivemos a oportunidade de pensarmos em mais ações e atividades para atingir os nossos objetivos. Tenho convicção que defender o que é público é defender dignidade e a cidadania”. 

Documento final 

O dia foi encerrado por uma plenária, no auditório da Contraf-CUT, que teve a apresentação dos três grupos. Os relatórios serão unificados e o documento final será enviado para todos os sindicatos do Brasil. Ficou estabelecido que os membros do comando e das comissões de empresas são os responsáveis por acompanhar a execução das ações.

Da Redação com Contraf-CUT