A apuração das metas do primeiro semestre de 2007 foi concluída. E pelos parâmetros estabelecidos não foi atingido o percentual para pagamento. Porém, é importante ressaltar que o acordo de PPR (Programa de Participação nos Resultados) prevê a possibilidade de revisão desses parâmetros, em função de ocorrências que fujam do controle do banco e impactem nos seus resultados.
Sabe-se que o primeiro semestre deste ano foi atípico para o BRB. Primeiro houve uma demora por parte do governo para compor a nova diretoria do banco. E quando o fez, logo em seguida o presidente indicado foi preso pela Polícia Federal, sendo imediatamente demitido. Passados alguns dias, estoura o escândalo da Operação Aquarela, que ocasionou a prisão de dois ex-dirigentes do banco e de alguns funcionários, levando-o para as páginas policiais.
Em seguida, dois diretores indicados pelo governador José Roberto Arruda renunciaram aos cargos, fazendo com que a instituição financeira encerrasse o semestre com a diretoria incompleta.
Somados, todos esses fatores, em maior ou menor grau, influenciaram no resultado financeiro do BRB, motivos mais que suficientes para que as metas sejam revistas e os funcionários recebam sua participação, evitando-se assim mais uma frustração como a ocorrida com a PLR do segundo semestre de 2006.
É importante ressaltar que o programa para o segundo semestre de 2007 já está em curso, porém o banco, como ocorreu em outras vezes, ainda não chamou o Sindicato para negociar. Esta prática tem de ser mudada. O acordo de PPR deve ser negociado e fechado antes do início do programa, até para que os funcionários possam se envolver na discussão, o que evita a estipulação de metas superdimensionadas, diz Antonio Eustáquio, diretor do Sindicato.
