Mesmo com lucro bilionário, Santander segue fechando agências; bancários protestam por todo o país

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As medidas do Santander de fechamento de agências, demissões, retirada de vigilantes e terceirização, que resultam em adoecimento da categoria, foram alvo de protesto nacional nesta terça-feira (6). Bancários e bancárias foram às ruas e às redes sociais denunciar o descaso com os trabalhadores que ficam com a sobrecarga de trabalho, além do impacto sobre os clientes e usuários.

No DF, o Dia Nacional de Luta foi marcado por atos em todas as regiões e todas as agências foram “envelopadas” por cartazes de protestos do Sindicato. Também houve entrega de material impresso denunciando os problemas e explicando as reivindicações dos trabalhadores, além de coleta de assinaturas da população para um abaixo-assinado de apoio à luta do movimento sindical.

“Funcionários e clientes do banco vêm se deparando com mudanças que os afetam diretamente. Os clientes são empurrados para o autoatendimento, mesmo pagando tarifas e pacotes de serviços. Os funcionários estão adoecendo pelo acúmulo de clientes e metas abusivas”, aponta a bancária do Santander e diretora da Federação dos Bancários do Centro Norte (Fetec-CUT/CN), Eliza Espindola.

Sempre na contramão dos lucros bilionários que acumula às custas do trabalho dos bancários, o banco adota medidas desconexas com as necessidades de seus clientes e usuários. Na capital federal e Brasil afora, diversas agências foram fechadas e as respectivas demandas agregadas a outras unidades. No DF, as agências extintas foram: JK Shopping, Park Shopping, 504 Sul, 502 Norte e Setor Comercial Sul. A unidade Taguatinga Centro está na lista para ser fechada.

Diretora do Sindicato, Fabiana Uehara chama a população para fazer coro às reivindicações por mais agências e mais bancários. “Queremos que as pessoas sejam atendidas por pessoas para garantir um bom atendimento. Queremos mais agências, mais respeito e mais valorização e melhor atendimento”, listou a dirigente.

“Santander, respeite os trabalhadores e os seus clientes”, reivindica o diretor da Fetec-CUT/CN José Avelino.

Joanna Alves
Do Seeb Brasília