Lula vai à Caixa e defende bancos públicos

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez uma defesa enfática do papel social da Caixa Econômica Federal e dos demais bancos públicos, durante visita que fez na sexta-feira ao prédio da Matriz.

"Esta Caixa esteve para quebrar muitas vezes e as pessoas não contavam. Eu vejo como os privatistas publicavam manchetes e mais manchetes dizendo: ‘A Caixa teve um déficit de 1 bilhão; o Banco do Brasil teve um déficit de 800 milhões; o Tesouro vai ter que colocar dinheiro’", disse Lula, segundo reportagem do jornal Correio Braziliense.

"Agora é importante que vocês se orgulhem e digam que a Caixa está fazendo muito mais do que já fez em qualquer outro momento da sua história, está cuidando do povo pobre, também, e não está tendo déficit, está tendo um superávit no final do ano, não fecha mais em vermelho, fecha em verde, azul ou outra coisa qualquer", comparou o presidente, de acordo com o jornal.

"Acho que agora ninguém mais vai falar em privatizar a Caixa", acrescentou Lula, segundo os dirigentes da Fenae que acompanharam a visita. O presidente recebeu do presidente da Fenae, José Carlos Alonso, e do presidente da Federação Nacional das Associações de Aposentados e Pensionistas da Caixa (Fenacef), Décio de Carvalho, o manifesto e a cartilha da campanha "O Brasil precisa da Caixa", lançada em março pela Fenae, Apcefs e sindicatos.

Tecnologia brasileira

O Correio Braziliense informou que, durante a visita à Matriz da Caixa, foi apresentado ao presidente o novo sistema de monitoramento de loterias e jogos, que substituirá a partir do dia 12 o antigo, fornecido pela GTech. "Eu tive a oportunidade de ver a nova máquina que vai coordenar os jogos da Caixa e o mais prazeroso é saber que é tecnologia brasileira, feita por brasileiros e, portanto, a gente não tem que ficar dependente de empresas, que às vezes não são brasileiras, ou às vezes de empresas que não têm a mesma responsabilidade, a mesma seriedade, que um funcionário de carreira da Caixa", afirmou Lula, em referência indireta à GTech.

O presidente disse ao Correio que pretende fazer visitas semelhantes ao Banco do Brasil, ao Banco Central, ao Banco do Nordeste (BNB) e ao Banco da Amazônia (Basa).