Itaú lucra R$ 17,2 bilhões no primeiro semestre de 2023

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O Itaú Unibanco obteve Lucro Líquido Recorrente Gerencial – que exclui efeitos extraordinários – de R$ 17,2 bilhões no primeiro semestre de 2023. O resultado representa alta de 14,2% em relação ao mesmo período de 2022 e de 3,6% no 2º trimestre de 2023, em relação ao anterior.

Ao final de junho de 2023, a holding contava com 88.078 empregados no país, com abertura de 375 postos de trabalho em doze meses. No entanto, no 2º trimestre, houve redução de 1.419 empregados(as). De acordo com o relatório do banco, essa diminuição se deve à reestruturação das áreas de TI e de atendimento e à redução de agências físicas. Em doze meses, foram fechadas 152 agências físicas no Brasil e abertas 78 agências digitais, totalizando 2.639 agências físicas e 427 agências digitais ao final de junho de 2023.

“Diante de um lucro tão exorbitante, como é de praxe, aliás, nos resultados do Itaú, não há justificativa para um número tão grande de demissões e fechamento de agências físicas”, critica o diretor da Fetec-CUT/CN Washington Henrique.

Jair Alves, coordenador da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú, reforça: “Lucro significativo, num período de juros altos, diminuição de agências bancárias, demissão de funcionários e terceirização de vários setores bancários e aumento das agências digitais. Com essa política e a atual prática no mercado financeiro, não tem como não ter lucro nas alturas”.

Além de tudo isso, acrescenta o coordenador, ainda ocorrem várias injustiças nos locais de trabalho. “O assédio moral vem aumentando a cada dia por cobrança de metas abusivas, falta de pessoal e demissão de funcionários com idade acima de 40 anos. Por isso, a Contraf-CUT, federações e sindicatos vão desenvolver uma campanha conjunta contra demissão, falta segurança nas agências e terceirização”, completou Jair Alves.

Da Redação com Contraf-CUT