Home office na pandemia é proteção à saúde dos empregados

0

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) repudia veementemente a declaração do presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, debochando do trabalho remoto feito pelos trabalhadores, durante a reunião ministerial em que o ex-ministro Sergio Moro apontou interferência do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na Polícia Federal. “Olha vocês tão em casa? Eu tenho 30 mil funcionários na rua. Não tem esse negócio, essa frescurada de home office. Eu já visitei 15 agências, e você em casa?”, disse o presidente da Caixa.

Pedro falava de uma negociação de publicidade com uma emissora de TV, quando reclamou das “porradas” que levava da imprensa. Neste momento questionou o home office. Ele citou os pagamentos, mas sem detalhar, como argumento contra o afastamento do trabalho. “Quer dizer, eu posso ter 30 mil brasileiros nas agências. Sabe quantas pessoas a Caixa está pagando hoje? Sete milhões de pessoas e todo mundo em home office. Que porcaria é essa?”, reclamou.

“É simplesmente um absurdo uma pessoa com um mínimo de inteligência falar uma coisa dessas, que dirá ainda sendo o presidente da Caixa, que em teoria deveria se preocupar em resguardar a saúde de milhares de trabalhadores que estão sob a sua gestão”, reclama Fabiana Uehara, diretora do Sindicato e da Contraf-CUT. “São coisas que não se fala, independente de essa fala ter ocorrido numa reunião restrita. Isso reforça que ele só tem discurso para a grande mídia, mas na realidade pouco se importa com os empregados, o que vai ao encontro das medidas de abrandamento que o banco tem feito nas ações de prevenção à saúde e segurança dos bancários, e num momento em que a Covid-19 mais contamina e mata pessoas. Ele quer colocar em risco os trabalhadores, seus familiares e também a população.”

Da Redação com Contraf-CUT