Funcionários repudiam terrorismo do BB e rejeitam proposta para a Cassi

0

Banco tem de negociar com as entidades dos funcionários para resolver custeio da Cassi

Representantes eleitos em assembleias por todo o Brasil, reunidos no Congresso dos Funcionários do BB realizado neste final de semana em São Paulo, rejeitaram as mudanças propostas pelo banco no custeio e na governança.

Se o banco quiser alguma mudança, terá de negociar com a Contraf, sindicatos e entidades representativas e apresentar uma proposta viável para os associados e que aumente também a contribuição do banco. 

“O Congresso dos funcionários do BB, instância máxima de decisão da categoria, rejeitou a proposta do BB e a CGPAR 23. A nossa resposta à insistência da direção da empresa em aprovar essa proposta é que sabemos lidar bem com a pressão, somos bancários. Votaremos não! Assim, entendemos que o BB deve voltar à mesa para debatermos propostas factíveis de custeio, que respeitem a solidariedade e a proporção contributiva”, destaca o diretor do Sindicato e representante da Federação do Centro Norte (Fetec -CUT/CN) na Comissão de Empresa, Rafael Zanon.

As propostas do banco envolvem mudança no estatuto, que só pode ser alterado com quórum mínimo de 50% e voto favorável de 2/3 dos associados. Na história da Cassi, aprovação tão alta só ocorreu com apoio consensual das entidades. O banco espalha terrorismo, dizendo que a Cassi vai quebrar para mascarar sua proposta que retira direitos dos associados. Mas não pode esconder que continua sendo o principal responsável pela saúde dos funcionários.

Proposta do BB aumenta despesas e diminui representação dos associados – O banco quer aumentar definitivamente as contribuições dos associados para 4% e manter a dele em 4,5%, criar cobrança por dependente sem levar em conta a atual contribuição percentual sobre os salários, implantar voto de minerva para aprovar o que for do interesse do banco e entregar duas diretorias para agentes do mercado de saúde, que somarão seu voto aos dois indicados pelo BB. Ataca a democracia e penaliza os associados de menor salário, que terão aumento de até 170% nas contribuições mensais.

O banco manda os gestores fazerem reuniões para defender a proposta. Funcionários reclamam que os gestores apenas repetem que precisa aprovar a proposta, sem nenhum embasamento técnico. Alguns chegam a impedir dirigentes e delegados sindicais de dar sua opinião. O banco pratica terrorismo e chega a censurar quem tem opinião contrária.

Fonte: Comissão de Empresa do BB